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228 SE<br />

164) HOBAT ALEBABOT ; Obrigaçam dos Coraçoens, Livro moral de grande<br />

erudição Sf pia dodrina. Composto na lingua arábica neüo devoto Rabbenu Balde<br />

ÔDaian, filho de Rabbi Joseph, dos famosos Sábios de Espanha. E traduzido<br />

na lingua santa pelo insigne Rabbi Jeuda Abon Tabon. E agora novamente<br />

tirado da hebraica, á lingua portugueza, para útil dos da nossa Naçam,<br />

com estilo fácil, Sf intelligivel. Per Semuel filho de lshac Abaz de boa memória.<br />

Á gloria de Deos bendito. Impresso em Amsterdam. Em casa de David<br />

de Castro Tartas.—Anno 5430. (í. e. de C. 1670). 4.° A numeração deste<br />

livro procede com irregularidade, e transtorno notáveis; tem primeiro a folha<br />

do rosto, e a immediata sem numeração; a seguinte é numerada na frente com<br />

o n.° 3;—vem depois outra com o n.° 4, a que se seguem duas sero numeração.<br />

Começam depois os prólogos, tçndo na frente da folha o n.° 5, e continuando<br />

até 23; ha ainda uma folha sem numero; e após esta começa o tractado<br />

primeiro, tendo no recto da folha o n.° 24, e continuam as paginas seguintes<br />

numeradas até 31, sem interrupção: e de pag. 31 salta a numeração a pag. 33,<br />

continuando até o fim da obra, que termina a pag. 438.<br />

É esta (como diz Antônio Ribeiro dos Sanctos, nas Mem. de Litt. Portug.<br />

da Acad. R. das Sc, tomo m, pag. 353) uma obra ascética, que tracta da vida<br />

espiritual, e de como se ha de portar o homem para com Deus, para com os<br />

outros homens, e para comsigo mesmo; é dividida em dez tratados: «1.°, que<br />

«declara os requisitos da obrigação de crermos a unidade de Deus com coração<br />

«perfeito; 2."; declara os requisitos da obrigação de contemplarmos nas creaiu-<br />

«ras, e nos muitos benefícios que de Deus recebem; 3.°, declara os requisitos da<br />

«obrigação de receber o serviço de Deus sobre nós; 4.°, declara os requisitos<br />

«da obrigação de confiarmos em Deus bemdito somente; 5.°, declara os requi-<br />

«sitos da obrigação de dirigirmos todas nossas obras a seu nomesancto,eapar-<br />

«tarmo-nos da hypocrisia; 6.°, declara os requisitos da obrigação de mostrar-<br />

«mos humildade e submissão diante de Deus; 7.°, declara os requisitos da obri-<br />

«gação da penitencia e suas circumstancias e dependências; 8.°, declara os<br />

«requisitos da obrigação da conta que o homem deve tomar a sua alma por<br />

«amor de Deus; 9.°, declara os requisitos da obrigação da abstinência» e qual<br />

«d'ellas devemos professar; 10.°, declara os requisitos da obrigação do amor<br />

«de Deus e seus graus.<br />

Traz no principio uma Approvação dos eminentes e doctissimos SS. Hakamim<br />

do K. K. de Amsterdam, Yschac Abuab e Moseh Raphael de Aguilar, datada<br />

de Amsterdam aos 26 do mez de Nisan de 5430, na qual estes declaram<br />

«ter revisto exactamente o livro, no qual o traduçtor mostrou sua muita suf-<br />

«ficiencia e erudição nas sagradas letras, elegância no portuguez idioma, e sin-<br />

«gular estudo na perfeição da traducção, exprimindo com termos próprios a<br />

«verdadeira tenção de seu insigne auctor, que tão difficultosa é a muitos, por<br />

«haver sido o hebraico traduzido do arábico, em que originalmente foi com-<br />

«posto: e finalmente julgam que se lhe deve dar a licença que pede para que<br />

«impresso saia á luz, para gloria dei Dio bendito e beneficio commum dos de<br />

«sua nação».<br />

Barbosa ignorou totalmente a existência do livro, e a do seu traduçtor, por<br />

isso que d'elles não faz menção alguma na Bibl. Ribeiro dos Santos aponta<br />

na verdade esta obra; mas parece que se refere unicamente ao testemunho e<br />

menção que d'ella encontrou em Wolfio e D. José Rodrigues de Castro, pois<br />

não nos diz que tivesse visto exemplar algum, ou noticia d elle em Portugal;<br />

e o modo por que no logar citado indica os summarios dos tractados, me confirma<br />

ainda mais n'esta opinião. Dos outros nossos bibliographos é escusado<br />

falar; em nenhum d'elles se acha a minima noticia ou allusâo, que induza a<br />

crer que obtivessem conhecimento da existência d'esta obra, egualmente rara<br />

e preciosa.<br />

Em 4 de Agosto de 1858 devi á bondade do sr. Barão de Villa-nova de<br />

Foz-côa a possibilidade de examinar miudamente um exemplar assás bem tra-

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