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7) THEATRO DE SALA.—Sahiu também periodicamente, nos annos
de 1858 a 1861, porém com largas e indeterminadas interrupções, de modo que
só se imprimiram (creio) cinco números. Foi editor de todos, e traduçtor de^
alguns, o já referido sr.- M. Cobellos. O formato era o de 16.° max., e foramj
impressos na typ. de J. G. de Sousa Neves. *
Eis-aqui a serie dos que vi publicados :
1. Uma porta deve estar aberta ou fechada: provérbio de Alfredo de Mus-,
set, traduzido por A. P. Lopes de Mendonça.
2. O romance de uma hora: comedia em um acto, por Hoffmann, trad. por
M. Cobellos.
3. Graças a Deus! está a meza posta: comedia em um acto, por Leão Gozlan,
trad. por M. Cobellos.
4. Rochedos de constância: comedia original em um acto, por J. G. dos
Sanctos Lima.
5. Zizania entre o trigo: comedia original em um acto, por J. G. dos Sanctos
Lima.
FR. THEOBALDO DE JESUS MARIA, professou primeiramente na
Ordem dos Agostinhos descalços, ou reformados, mais conhecidos pela denominação
vulgar de Grillos, e passou depois para a de S. Paulo primeiro Eremita,
sendo n'ella eleito Reitor do Collegio de Évora.—-N. em Lisboa a 9 de
Outubro de 1669. Vivia ainda no anno de 1752, contando por conseqüência 83
annos de edade. A data certa do seu óbito é por ora ignorada.—E.
8) Prognostico perpetuo. Lisboa, por Pedro Ferreira 1719. 8.°
9) Prognostico e lunario perpetuo, tirado das doutrinas do Sarrabal Milanez,
calculado ao meridiano de Lisboa. Lisboa, por José Antônio da Silva
1728. 8.°
10) Agricultor instruído. Lisboa, por Pedro Ferreira 1730. 8.°—D'este
livro se fez uma reimpressão, ibi, na Imp. Regia 1817. 8.° (Vej. no Diccionario,
tomo in, n.° J, 313 outra obra do mesmo assumpto, e que eqüivale a esta
em merecimento.)
11) Microcosmo, ou mundo abreviado, no qual como em limitado mappa se
dá noticia da portentosa fabrica do universo. Lisboa, na Offic. Joaquiniana 1734.
8.° de vm-164pag.—Sahiu com o nome de Theodosio Ubaldo.
Este livririno, o único dos quatro mencionados que tenho presente, e cujos
.exemplares são raros, divide-se em três tractados: 1." do globo ou esphera celeste;
2.° dos céos, estrellas, cometas, eclipses e seus influxos; 3.° da região
elementar, quatro elementos, e quatro partes do mundo e seus (sic) zonas, prognósticos
perpétuos e lunações. N'elles expõe o auctor de modo assás succinto
as suas doutrinas, que são as de Ptolomeu e Aristóteles, combinadas com os
desvarios da astrologia judiciaria, e dando fraquissima idéa dos conhecimentos
physicos e astronômicos que possuía. Segundo elle, as estrellas fixas de primeira
grandeza são maiores que a terra 108 vezes; as da segunda 90; as da terceira
72; as da quarta 54; as da quinta 18; e finalmente as da sexta apenas 16 vezes
maiores que o globo terráqueo I Para diversão dos leitores ahi vai a sua theoria
dos cometas, tal como elle nol-a dá de pag. 72 a 75 da sua obra.
«O cometa é fogo acceso segundo ó beneplácito da divina vontade: a sua
matéria se faz da condensação de algumas partes da aura etherea disposta pela
razão da opacidade, que se segue na mesma densidão, a receber em si os raios
do sol, e inflammado com a agitação ou movimento accender-se, e forma esta
ou aquella figura, segundo os influxos celestes. Esta é a opinião dos mathematicos
modernos (!): que os antigos diziam formarem-se de exhalações terrestres,
que subindo ao ar se incendiam; o que só concedem aos phenomenos
e exhalações que vemos, as quaes se incendem da mesma sorte que os cometas.
«Os cometas são em nove differenças: o primeiro se chama Veru, e é
muito comprido e delgado: o segundo se diz Tenaculum, e é muito comprido