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Revista Intercâmbio 2011 - Sesc

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SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO INTERCÂMBIO . RIO DE JANEIRO . v. 1 . n. 1 . NOVEMBRO/FEVEREIRO<br />

de influências e jogos de forças entre as diversas dimensões<br />

do conceito de desenvolvimento provoca o surgimento de<br />

outros conceitos:<br />

A partir da década de 90, a questão do desenvolvimento passou a ser<br />

discutida pelo viés do “local”, ou seja, como empreender iniciativas de<br />

desenvolvimento a partir de características, vocações e apelo local.<br />

Este modelo de desenvolvimento vem sendo usualmente associado ao<br />

conceito de território (TENÓRIO, 2007, p. 86).<br />

O conceito de território conjuga espaço, desenvolvimento, comunidade<br />

e acesso a bens culturais. O agir na escala territorial<br />

local, mantendo um diálogo permanente com o nacional e o<br />

global, é o caminho para uma política cultural que pretende<br />

contribuir para a criação de oportunidades, pois, “em uma<br />

época de intensa comercialização de todas as dimensões da<br />

vida social, o objetivo central de uma política cultural deveria<br />

ser a liberação das forças criativas da sociedade” (FURTADO,<br />

1984, p. 32).<br />

É a partir do entendimento dessa dinâmica da vida cotidiana<br />

nos bairros, com suas particularidades comunitárias, no compartilhamento<br />

de sonhos e rituais, nos enredos das experiências<br />

imemoriais e nos jogos entre protagonistas individuais e<br />

coletivos que apreendemos as demandas do lugar. “De um<br />

lugar que nos ultrapassa e cuja forma nos forma. De um lugar<br />

que se constitui por sedimentações sucessivas e que conserva<br />

a marca das gerações que a modelaram e, com isso, se torna<br />

patrimônio” (MAFFESOLI, 2001, p. 101).<br />

Esse agir local articula pontos de contato direto com a comunidade<br />

e com seu cotidiano; em última análise, é necessário<br />

perceber como esse modo de ação, como qual o gestor cultural<br />

interage e realiza mediações que envolvem pessoas, memória,<br />

espaços, equipamentos e outros diversificados recursos, colabora<br />

para a formação da vida coletiva em um território, contribuindo<br />

para a consolidação de uma política cultural que pode<br />

ser identificada como de desenvolvimento local.<br />

Conclusão<br />

Tendo em vista o exposto, é necessário organizar ações participativas<br />

na esfera pública para a afirmação de um amplo<br />

leque de direitos e deveres da sociedade civil, criando estratégias<br />

organizativas para a preparação de um mundo onde<br />

Desenvolvimento cultural local: uma<br />

relação entre capital social e gestão cultural<br />

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