Revista Intercâmbio 2011 - Sesc
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INTERCÂMBIO . RIO DE JANEIRO . v. 1 . n. 1 . p. 52-75 |<br />
NOVEMBRO/FEVEREIRO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO<br />
66<br />
O olhar de quem aprende: percepções dos<br />
alunos sobre a Escola SESC de Ensino Médio<br />
A questão da falta de autonomia para tomar algumas decisões<br />
incomoda uma parte dos alunos. Entre as mudanças que<br />
eles fariam e tiveram maior destaque estão: o horário de dormir<br />
para as 23h, o horário de entrada nos dormitórios, o sistema<br />
de monitoria, a abordagem por parte de alguns responsáveis<br />
pelo dormitório, a permissão para entrada nos quartos<br />
de alunos de outras turmas mas do mesmo sexo, tanto para<br />
estudo quanto para conversar, e a utilização da biblioteca à<br />
noite para estudar.<br />
As mudanças nas regras apontadas pelos alunos sugerem o<br />
desejo por uma maior autonomia por parte deles. Esse desejo<br />
é potencializado pelo fato de estarem em seu segundo ano na<br />
Escola SESC e já terem convivido mais tempo com as regras<br />
da escola.<br />
A seguir, dois relatos que expressam o pensamento de parte<br />
dos alunos:<br />
Ainda identifico falhas na comunicação entre os professores. Nas reuniões<br />
sempre são passadas novas regras que nem todos ficam sabendo. Isso<br />
dificulta a vida dos alunos.<br />
Aluna do estado do Piauí<br />
A instituição possui várias determinações importantes para a construção<br />
de um líder e cidadão consciente. Mas se nos formaremos, sobretudo,<br />
em pessoas autônomas, creio que em algum momento deve haver a<br />
decisão para pôr a autonomia em prática. Os horários de 20h30 a 22h<br />
devem ser de escolha do aluno. Administrar seus horários é um exemplo<br />
de autonomia.<br />
Aluno do estado de Goiás<br />
Os alunos ainda responderam sobre suas relações com seus responsáveis<br />
pelo dormitório. Observamos que a maioria tem uma<br />
relação boa ou muito boa com seu responsável pelo dormitório,<br />
representando 95,3% do total de alunos. Além disso, alunos do<br />
sexo masculino possuem uma relação melhor com seu responsável<br />
pelo dormitório do que os alunos do sexo feminino.<br />
É fato que regras são criadas para serem cumpridas e visam<br />
à harmonia da convivência entre alunos e professores, mas<br />
o expressivo grau de insatisfação aliado à sugestão de mudanças<br />
de regras indica que a forma como os dormitórios<br />
funcionam poderia ser revista, sem prejudicar a autonomia<br />
dos alunos.<br />
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