10. Direito Penal Parte Especial - Apostila - Facha
10. Direito Penal Parte Especial - Apostila - Facha
10. Direito Penal Parte Especial - Apostila - Facha
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
- não haverá “favorecimento pessoal” quando em relação ao fato anterior: houver<br />
causa excludente de ilicitude; já estiver extinta a punibilidade por qualquer causa;<br />
houver alguma escusa absolutória; o agente for inimputável em razão de<br />
menoridade -em todos esses casos, o agente não está sujeito a ação legítima por<br />
parte da autoridade, e, portanto, quem o auxilia não comete “favorecimento<br />
pessoal”.<br />
- se o autor do crime antecedente vier a ser absolvido por qualquer motivo (exceto<br />
na absolvição imprópria, em que há aplicação de medida de segurança), o juiz não<br />
poderá condenar o réu acusado de auxiliá-lo.<br />
- se o autor do crime antecedente e o autor do favorecimento forem identificados<br />
haverá conexão, e ambos os delitos, de regra, deverão ser apurados em um<br />
mesmo processo, nos termos do art. 79 do CPP.<br />
- quando o beneficiado consegue subtrair-se, ainda que por poucos instantes, da<br />
ação da autoridade, se o auxílio chega a ser prestado, mas o beneficiário não se<br />
livra da ação da autoridade, haverá mera tentativa.<br />
FAVORECIMENTO REAL<br />
Art. 349 -<br />
- só responde pelo crime aquele que não esteja ajustado previamente com os<br />
autores do crime antecedentes, no sentido de lhes prestar qualquer auxílio<br />
posterior, pois, se isso ocorreu, ele será responsabilizado por participação no<br />
crime antecedente por ter estimulado a prática do delito ao assegurar aos seus<br />
autores que lhes prestaria uma forma qualquer de ajuda.<br />
- a principal diferença entre a “receptação” e o “favorecimento real” consiste no<br />
fato de que, no neste, o agente visa auxiliar única e exclusivamente o autor do<br />
crime antecedente, enquanto naquele o sujeito visa seu próprio proveito ou o<br />
proveito de terceiro (que não o autor do crime antecedente).