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INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

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internacionais. Mulheres que infringiram o código de<br />

vestuário obrigatório foram expulsas da universidade.<br />

Alguns centros de educação superior adotaram a<br />

segregação por gênero e restringiram o estudo ou<br />

impedirem as mulheres de estudar determinados<br />

assuntos.<br />

Uma Lei de Proteção à Família, que aumentaria a<br />

discriminação, estava sendo debatida. O projeto do<br />

Código Penal não tratava das discriminações atuais,<br />

sustentando, por exemplo, que o testemunho da<br />

mulher vale a metade do que o do homem.<br />

n Bahareh Hedayat, Mahsa Amrabadi e outras sete<br />

mulheres detidas na Prisão Evin entraram em greve de<br />

fome em outubro para protestar contra revistas<br />

corporais humilhantes e contra a remoção de seus<br />

pertences pelos carcereiros. Posteriormente, 33 presas<br />

políticas assinaram uma carta aberta afirmando que as<br />

revistas feitas em cavidades corporais eram uma forma<br />

de abuso sexual, exigindo um pedido de desculpa dos<br />

agentes penitenciários e o compromisso de que elas<br />

não seriam mais submetidas a novos abusos.<br />

Direitos de lésbicas, gays, bissexuais,<br />

transexuais e intersexuais<br />

Pessoas LGBTI continuaram sofrendo discriminação na<br />

lei e na prática.<br />

Discriminação – minorias étnicas<br />

Integrantes de minorias étnicas, tais como árabes<br />

ahwazis, azerbaijanos, balúquis, curdos e<br />

turcomanos, foram discriminados na lei e na prática,<br />

sendo privados de acesso igualitário a emprego, a<br />

educação e a outros direitos econômicos, sociais e<br />

culturais, que outros cidadãos iranianos possuem. O<br />

uso de línguas minoritárias em órgãos públicos e no<br />

ensino escolar continuou proibido. Ativistas pelos<br />

direitos das minorias enfrentaram ameaças oficiais,<br />

prisões e encarceramentos.<br />

n Jabbar Yabbari e pelo menos outros 24 árabes<br />

ahwazis foram presos, em abril, durante manifestações<br />

que comemoravam outra manifestação ocorrida em<br />

2005 contra a discriminação.<br />

As autoridades não protegeram adequadamente os<br />

refugiados afegãos contra ataques, forçando alguns<br />

deles a deixar o Irã. Em Isfahan, as autoridades locais<br />

proibiram os cidadãos afegãos de entrar em um<br />

parque.<br />

Ativistas azerbaijanos criticaram a resposta das<br />

autoridades iranianas ao terremoto de 11 de agosto<br />

Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional<br />

em Qaradagh, na província de Azerbaijão Oriental,<br />

considerando-a demorada e inadequada. Eles<br />

também acusaram as autoridades de minimizar tanto<br />

a destruição causada quanto o número de mortes, e<br />

de deter algumas das pessoas que ajudaram no<br />

socorro às vítimas. Em setembro, 16 ativistas pelos<br />

direitos das minorias receberam penas suspensas de<br />

seis meses de prisão depois de condenados por<br />

questões de segurança relacionadas à ajuda<br />

humanitária que prestaram.<br />

Liberdade de religião<br />

As autoridades discriminaram as minorias não xiitas,<br />

inclusive outras comunidades muçulmanas, clérigos<br />

xiitas dissidentes, integrantes de ordens religiosas<br />

sufis e Ahl-e haq, bem como de outras minorias<br />

religiosas e associações filosóficas, além de pessoas<br />

convertidas do islamismo ao cristianismo. A<br />

perseguição aos bahá'ís intensificou-se. Eles foram<br />

publicamente demonizados pelas autoridades e pelos<br />

meios de comunicação sob controle estatal.<br />

n Sayed Hossein Kazemeyni Boroujerdi, um clérigo<br />

muçulmano dissidente, continuou a cumprir uma pena<br />

de 11 anos de prisão imposta em 2007. Em abril, maio<br />

e dezembro as autoridades intimaram 10 de seus<br />

seguidores para interrogatório; embora não se saiba<br />

que alguém tenha sido acusado.<br />

n Em agosto, as autoridades prenderam pelo menos<br />

19 muçulmanos sunitas na província de Cuzistão e 13<br />

na de Azerbaijão Ocidental, aparentemente por causa<br />

de suas crenças. Outros oito foram presos na província<br />

de Curdistão em outubro. Não se sabe se alguém foi<br />

acusado ou intimado para novos interrogatórios.<br />

n O pastor Yousef Naderkhani, preso em 2009, foi<br />

sentenciado à pena de morte depois que um tribunal<br />

condenou-o por apostasia em 2010. O Supremo<br />

Tribunal manteve a sentença; porém, sua condenação<br />

foi anulada quando o caso foi encaminhado para<br />

apreciação do Guia Supremo. Ele foi libertado em<br />

setembro, após cumprir uma pena de três anos de<br />

prisão por evangelizar muçulmanos.<br />

n Pelo menos 177 bahá'ís – que foram privados do direito<br />

de praticar sua fé – foram detidos devido a suas crenças.<br />

Sete líderes comunitários presos em 2009 continuaram a<br />

cumprir sentenças de 20 anos impostas por "espionagem<br />

para Israel" e "ofensa a santidades religiosas".<br />

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