INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO
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A<br />
desaparecimentos forçados foram registrados durante<br />
o ano.<br />
n António Alves Kamulingue e Isaías Sebastião<br />
Cassule desapareceram, respectivamente, nos dias 27<br />
e 29 de maio. Eles estavam envolvidos com a<br />
organização de um protesto planejado para o dia 27 de<br />
maio por veteranos de guerra e por ex-guardas<br />
presidenciais para demandar o pagamento de pensões<br />
e salários que lhes eram devidos.<br />
Direito à moradia – remoções forçadas<br />
Apesar de o governo dizer que melhoraria o acesso à<br />
moradia, remoções forçadas continuaram ocorrendo<br />
em pequena escala, e milhares de pessoas<br />
permaneceram em risco. Milhares de famílias que<br />
anteriormente haviam sido despejadas à força<br />
continuaram sem receber indenização. Em junho de<br />
2011, o governo se comprometeu a realojar, até abril<br />
de 2012, mais de 450 famílias de Luanda cujas casas<br />
haviam sido demolidas entre 2004 e 2006. Porém,<br />
até o fim do ano, ninguém havia sido realojado. Em<br />
setembro, a ONU Habitat anunciou que se preparava<br />
para assinar um acordo de cooperação com Angola a<br />
fim de enviar ao país um representante que, a partir<br />
de <strong>2013</strong>, prestaria serviços de consultoria técnica na<br />
área de habitação em Luanda.<br />
Prisioneiros de consciência e possíveis<br />
prisioneiros de consciência<br />
Dois integrantes da Comissão do Manifesto Jurídico<br />
Sociológico do Protetorado da Lunda Tchokwe<br />
(CMJSP-Lunda), Mário Muamuene e Domingos<br />
Capenda, que permaneciam na penitenciária de<br />
Kakanda apesar de suas sentenças terem expirado<br />
em 9 de outubro de 2011, foram libertados no dia 17<br />
de janeiro de 2012.<br />
Embora o Grupo de Trabalho da ONU sobre<br />
Detenções Arbitrárias tenha concluído suas<br />
deliberações em novembro de 2011 pedindo a<br />
libertação dos membros da Comissão detidos entre<br />
2009 e 2011, cinco deles – Sérgio Augusto, Sebastião<br />
Lumani, José Muteba, António Malendeca e<br />
Domingos Henrique Samujaia – permaneceram<br />
presos. No decorrer do ano, não foram registradas<br />
novas prisões de membros da Comissão.<br />
n Em 12 de fevereiro, Eugénio Mateus Sangoma Lopes<br />
e Alberto Mulozen foram presos e acusados de crimes<br />
contra a segurança do Estado, depois de a polícia de<br />
Lucapa supostamente ter ido até suas residências para<br />
dizer que eles deveriam se apresentar à delegacia de<br />
polícia a fim de falar sobre a Comissão. De acordo com<br />
o mandado escrito do tribunal, eles foram condenados<br />
e sentenciados, em junho, a 18 meses de prisão por<br />
rebelião.<br />
Visitas/relatórios da AI<br />
v Representantes da Anistia Internacional visitaram Angola em abril.<br />
4 Angola: Submission to the African Commission on Human and Peoples’<br />
Rights, 51st Ordinary Session, April 2012 (AFR 12/001/2012)<br />
4 Angola: Open letter to Presidential candidates, candidates to the<br />
National Assembly and political party leaders - A human rights agenda for<br />
political parties and candidates in the general elections, 17 July 2012 (AFR<br />
12/002/2012)<br />
ARÁBIA SAUDITA<br />
REI<strong>NO</strong> DA ARÁBIA SAUDITA<br />
Chefe de Estado e de governo: Rei Abdullah bin Abdul Aziz<br />
al Saud<br />
As autoridades restringiram severamente as<br />
liberdades de expressão, associação e reunião, além<br />
de reprimirem as opiniões divergentes. Críticos do<br />
governo e ativistas políticos foram detidos sem<br />
julgamento ou foram sentenciados após julgamentos<br />
totalmente injustos. As mulheres sofreram<br />
discriminação na lei e na prática, não sendo<br />
protegidas adequadamente contra a violência<br />
doméstica e de outra natureza. Os trabalhadores<br />
migrantes foram explorados e submetidos a abusos.<br />
Sentenças de açoitamento foram impostas e<br />
cumpridas. Centenas de pessoas estavam no<br />
corredor da morte no fim do ano; pelo menos 79<br />
foram executadas.<br />
Informações gerais<br />
Em janeiro, o chefe da polícia religiosa afirmou que<br />
publicaria diretrizes comunicando suas forças que<br />
elas não possuem o poder de prender ou de<br />
interrogar cidadãos sauditas, nem de assistir a<br />
julgamentos.<br />
O príncipe Salman bin Abdul Aziz Al Saud<br />
tornou-se príncipe herdeiro após a morte do príncipe<br />
Naif bin Abdul Aziz Al Saud em junho.<br />
44 Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional