INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO
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C<br />
Visitas/relatórios da AI<br />
v Representantes da Anistia Internacional visitaram a Colômbia em<br />
janeiro, março, abril, junho, outubro e novembro.<br />
4 Colombia: The Victims and Land Restitution Law – an Amnesty<br />
International analysis (AMR 23/018/2012)<br />
4 Colombia: Hidden from Justice – Impunity for conflict-related sexual<br />
violence, a follow-up report (AMR 23/031/2012)<br />
CUBA<br />
REPÚBLICA DE CUBA<br />
Chefe de Estado e de governo: Raúl Castro Ruz<br />
Aumentou a repressão a jornalistas independentes,<br />
líderes oposicionistas e ativistas de direitos<br />
humanos. Segundo relatos, ocorriam, em média,<br />
400 prisões de curta duração por mês, e os ativistas<br />
que se deslocavam das províncias para Havana eram<br />
frequentemente detidos. Prisioneiros de consciência<br />
continuaram a ser condenados com base em<br />
acusações forjadas e a ser detidos preventivamente.<br />
Direito à liberdade de expressão, de<br />
associação e de reunião<br />
Manifestantes pacíficos, jornalistas independentes e<br />
ativistas de direitos humanos foram rotineiramente<br />
detidos por exercerem seu direito à liberdade de<br />
expressão, de associação e de reunião. Enquanto<br />
muitos foram detidos, outros foram submetidos a atos<br />
de repúdio dos apoiadores do governo.<br />
n Em março, ativistas de direitos humanos locais<br />
enfrentaram uma onda de prisões. Antes e depois da<br />
visita do Papa Bento XVI, ONGs locais registraram<br />
1.137 detenções arbitrárias.<br />
As autoridades tomaram uma série de medidas<br />
para impedir que os ativistas comunicassem questões<br />
de direitos humanos, tais como cercar suas<br />
residências e cortar as linhas telefônicas.<br />
Organizações cujas atividades foram toleradas pelas<br />
autoridades no passado, como a Comissão Cubana<br />
de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional<br />
(CCDHRN), tornaram-se alvo de perseguição.<br />
Jornalistas independentes que noticiavam as<br />
atividades de dissidentes foram detidos.<br />
O governo continuou a exercer controle sobre<br />
todos os meios de comunicação, e o acesso à<br />
informação por meio da internet permaneceu<br />
problemático devido a limitações técnicas e<br />
restrições de conteúdo.<br />
n Em julho, Oswaldo Payá Sardiñas, um dos mais<br />
respeitados ativistas em favor dos direitos humanos e<br />
da democracia, morreu em um acidente de automóvel<br />
na província de Granma. Vários jornalistas e blogueiros<br />
que cobriam os procedimentos judiciais relativos ao<br />
acidente foram detidos por algumas horas.<br />
n Roberto de Jesús Guerra Pérez, fundador da<br />
agência de notícias independente Hablemos Press, foi<br />
forçado, no mês de setembro, a entrar num carro em<br />
que, segundo informou, teria sido agredido fisicamente<br />
a caminho de uma delegacia de polícia. Antes de ser<br />
solto, disseram-lhe que ele havia se tornado o<br />
"jornalista número um da dissidência" e que seria preso<br />
caso prosseguisse com suas atividades.<br />
Diversas medidas foram empregadas para deter ou<br />
penalizar as atividades dos opositores políticos.<br />
Muitos que tentaram participar de encontros ou<br />
manifestações foram detidos ou impedidos de sair de<br />
casa. Adversários políticos, jornalistas independentes<br />
e ativistas de direitos humanos tinham seus pedidos<br />
de visto para viajar ao exterior rotineiramente<br />
negados.<br />
n Pela 19ª vez desde maio de 2008, a blogueira<br />
oposicionista Yoani Sánchez teve negado seu visto de<br />
saída. Ela havia planejado viajar ao Brasil para assistir à<br />
exibição de um documentário sobre blogueiros e<br />
censura, do qual ela participara.<br />
n Em setembro, cerca de 50 integrantes da<br />
organização Damas de Branco foram detidas quando<br />
estavam a caminho de Havana para participar de uma<br />
manifestação pública. A maioria foi mandada de volta<br />
para suas províncias de origem, onde foram libertadas;<br />
19 pessoas foram mantidas incomunicáveis por vários<br />
dias.<br />
Em outubro, o governo anunciou mudanças na Lei<br />
de Migração que facilitarão as viagens ao exterior,<br />
inclusive terminando com a obrigatoriedade dos vistos<br />
de saída. No entanto, uma série de requerimentos,<br />
sobre os quais o governo terá poder decisório, ainda<br />
poderão restringir a liberdade de deixar o país. As<br />
emendas deveriam passar a vigorar em janeiro de<br />
<strong>2013</strong>.<br />
66 Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional