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INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

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I<br />

Escravidão<br />

Surgiram denúncias de que gerações inteiras de<br />

famílias haviam sido mantidas escravas e<br />

continuavam sendo escravizadas em certas partes do<br />

país. Ao que parece, essa prática ainda sobrevivia por<br />

falta de vigilância do Estado.<br />

Pena de morte<br />

Pelo menos sete pessoas foram sentenciadas à morte<br />

e pelo menos 28 foram executadas. Acreditava-se<br />

que o número real era muito maior. Ao menos dois<br />

menores infratores foram executados por crimes<br />

supostamente cometidos quando eles tinham menos<br />

de 18 anos. Centenas de pessoas estariam<br />

condenadas à morte, entre elas, pelo menos 25<br />

supostos menores infratores.<br />

n Fuad Ahmed Ali Abdulla foi executado na prisão de<br />

Taizz no dia 18 de janeiro. Ele foi condenado por um<br />

homicídio cometido em 2004, quando tinha menos de<br />

18 anos.<br />

n Hind al Barati foi executada no Presídio Central de<br />

Sanaa no dia 3 de dezembro. Ela foi condenada por um<br />

homicídio cometido quando teria 15 anos.<br />

Visitas/relatórios da AI<br />

v Representantes da Anistia Internacional visitaram o Iêmen em<br />

junho/julho e dezembro. Desde janeiro de 2011 eles não tinham permissão<br />

de entrar no país.<br />

4 Yemen’s immunity law: Breach of international obligations (MDE<br />

31/007/2012)<br />

4 Conflict in Yemen: Abyan’s darkest hour (MDE 31/010/2012)<br />

4 Yemen: Human rights agenda for change (MDE 31/012/2012)<br />

ÍNDIA<br />

REPÚBLICA DA ÍNDIA<br />

Chefe de Estado: Pranab Kumar Mukherjee<br />

(sucedeu Pratibha Patil em julho)<br />

Chefe de governo: Manmohan Singh<br />

A tortura e outros maus-tratos, as execuções<br />

extrajudiciais, as mortes em custódia e as detenções<br />

arbitrárias persistiram. As vítimas de violações e<br />

abusos dos direitos humanos viram-se frustradas em<br />

sua busca por justiça, em grande parte pela<br />

ineficiência das instituições e por falta de vontade<br />

política. A primeira execução a ser levada a cabo na<br />

Índia desde 2004 aconteceu em novembro. Pelo<br />

menos 78 pessoas foram sentenciadas à pena de<br />

morte. As autoridades fracassaram constantemente<br />

em conter a violência contra mulheres e meninas, e<br />

um caso de estupro de grande repercussão em<br />

dezembro suscitou protestos em todo o país, pedindo<br />

reformas legais e de outra natureza. Pelo menos 340<br />

pessoas, inclusive civis, foram mortas nos confrontos<br />

entre maoístas armados e forças de segurança. A<br />

prestação de contas por crimes contra o direito<br />

internacional continuou excluída do escopo das<br />

atuais iniciativas de paz para Nagaland e Assam. Pelo<br />

menos 65 pessoas foram mortas em confrontos entre<br />

diferentes etnias e comunidades em Assam,<br />

provocando o desalojamento temporário de 400 mil<br />

pessoas. Adivasis (aborígines), pescadores e outras<br />

comunidades marginalizadas seguiram protestando<br />

contra a remoção forçada de suas terras e de seus<br />

habitats. Enquanto isso, prosseguiam as<br />

investigações oficiais sobre a alocação de terras para<br />

empreendimentos de mineração. Defensores dos<br />

direitos humanos foram ameaçados e hostilizados por<br />

atores estatais e não estatais, sendo sentenciados a<br />

longas penas de prisão. O governo tentou censurar<br />

alguns sites e sufocar a manifestação de opiniões<br />

divergentes nas redes sociais, gerando protestos<br />

contra as restrições na internet.<br />

Informações gerais<br />

O governo enfrentou denúncias de corrupção por não<br />

ter conseguido assegurar um crescimento inclusivo<br />

no contexto de uma recessão global que prejudicou<br />

fortemente a economia indiana. Comunidades já<br />

empobrecidas e marginalizadas, que constituem<br />

entre 30 e 50 por cento da população, foram<br />

duramente atingidas pela alta dos preços.<br />

O diálogo com o vizinho Paquistão prosseguiu,<br />

inclusive sobre a Caxemira. Em março, a Índia apoiou<br />

a Resolução 19/2 do Conselho de Direitos Humanos<br />

da ONU exortando o governo do Sri Lanka a tratar de<br />

supostas violações do direito internacional, mas foi<br />

relutante a falar de outras preocupações de direitos<br />

humanos. O relator especial da ONU sobre execuções<br />

sumárias, arbitrárias ou extrajudiciais visitou a Índia<br />

em março. A situação dos direitos humanos no país<br />

foi avaliada em maio de acordo com a Revisão<br />

Periódica Universal da ONU. O Estado não aceitou as<br />

92 Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional

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