INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO
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Impunidade<br />
n Em dezembro, Jorge Antonio Barrios foi assassinado<br />
no estado de Aragua. Ele foi o nono integrante da<br />
família Barrios a ser morto desde 1998 em<br />
circunstâncias que indicam o envolvimento da polícia.<br />
Os assassinatos prosseguiram apesar das decisões<br />
tomadas desde 2004 pelo Sistema Interamericano de<br />
Direitos Humanos com o fim de assegurar proteção<br />
para a família e de levar os responsáveis à Justiça.<br />
Independência do Judiciário<br />
n A juíza María Lourdes Afiuni permaneceu em prisão<br />
domiciliar em 2012. Em setembro, pistoleiros não<br />
identificados passaram pelo edifício onde ela mora<br />
disparando tiros contra seu apartamento. Em<br />
novembro, ela revelou publicamente que havia sido<br />
estuprada quando esteve na cadeia. A juíza Afiuni foi<br />
detida em dezembro de 2009 e permaneceu presa por<br />
mais de um ano. Ela foi acusada de delitos como<br />
corrupção, abuso de autoridade e associação para<br />
delinquir. A juíza havia ordenado a soltura de um<br />
banqueiro que estava sendo mantido sob custódia<br />
havia mais de dois anos enquanto aguardava<br />
julgamento, uma decisão que era de sua competência<br />
e que foi tomada de acordo com o direito venezuelano.<br />
Escrutínio internacional<br />
Em maio, com o apoio da Assembleia Nacional e do<br />
Tribunal Superior de Justiça, o Presidente Chávez<br />
anunciou que planejava sair do Sistema<br />
Interamericano de Direitos Humanos. Em setembro, a<br />
Venezuela deixou oficialmente de ser signatária da<br />
Convenção Americana sobre Direitos Humanos,<br />
iniciando, com isso, sua retirada da Corte<br />
Interamericana de Direitos Humanos. Em<br />
consequência, a partir de setembro de <strong>2013</strong>, vítimas<br />
de violações dos direitos humanos ficarão impedidas<br />
de apresentar queixas à mais alta corte das Américas.<br />
No entanto, a Venezuela continuará sendo membro<br />
da OEA, submetendo-se, portanto, à supervisão da<br />
Comissão Interamericana de Direitos Humanos.<br />
Violência contra mulheres e meninas<br />
A Lei Orgânica sobre o Direito das Mulheres a uma<br />
Vida Livre da Violência ainda carecia de um marco<br />
regulatório que estabelecesse diretrizes sobre como<br />
as autoridades deverão lidar com casos de violência<br />
contra as mulheres.<br />
n Foram realizadas as audiências do caso de<br />
Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional<br />
Alexandra Hidalgo, estuprada e torturada em 2004 por<br />
um grupo de homens, entre os quais, seu marido. Em<br />
outubro, ficou decidido que ele seria julgado pelo<br />
sequestro e estupro de Alexandra.<br />
Visitas/relatórios da AI<br />
v Representantes da Anistia Internacional visitaram a Venezuela em<br />
abril.<br />
4 Carta abierta a los candidatos y las candidatas presidenciales de la<br />
República Bolivariana de Venezuela (AMR 53/006/2012)<br />
4 Bolivarian Republic of Venezuela’s candidacy for election to the UN<br />
Human Rights Council: Open letter (AMR 53/008/2012)<br />
ZIMBÁBUE<br />
REPÚBLICA DO ZIMBÁBUE<br />
Chefe de Estado e de governo: Robert Mugabe<br />
A falta de confiança entre os integrantes do governo<br />
de unidade nacional (GUN) continuou a atrasar a<br />
realização de reformas cruciais aprovadas em 2008<br />
no Acordo Político Global entre o partido ZANU-PF,<br />
do Presidente Mugabe, e os dois partidos do<br />
Movimento por Mudança Democrática (o MDC-T e o<br />
MDC-N). Rumores de que uma eleição seria<br />
realizada no segundo semestre causaram pânico nas<br />
áreas rurais afetadas pela violência eleitoral<br />
patrocinada pelo Estado em 2008. No decorrer do<br />
ano, a polícia continuou a suprimir a liberdade de<br />
expressão, de associação e de reunião por meio de<br />
prisões arbitrárias, detenções ilegais e ações<br />
judiciais por motivos políticos.<br />
Informações gerais<br />
O GUN não conseguiu finalizar a nova Constituição,<br />
essencial para que o país consiga realizar eleições<br />
sem violência em <strong>2013</strong>. Uma segunda conferência<br />
com envolvimento de todas as partes interessadas,<br />
para revisar o esboço da Constituição, foi realizada<br />
em outubro, quando o ZANU-PF tentou reverter as<br />
novas disposições que restringiriam os poderes do<br />
Executivo e fortaleceriam a declaração de direitos<br />
acordada durante o processo de negociação<br />
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