INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO
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A<br />
anúncio de que estaria desenvolvendo uma<br />
abrangente política nacional para os<br />
desalojamentos internos.<br />
Em setembro, o governo paquistanês concordou<br />
em deixar os refugiados afegãos permanecerem no<br />
Paquistão por mais três anos, rescindindo uma<br />
ordem que havia sido emitida pelas autoridades da<br />
província de Khyber-Pakhtunkhwa para que todos<br />
os migrantes ilegais deixassem o Paquistão até o<br />
dia 25 de maio, caso contrário, seriam presos e<br />
deportados.<br />
Pena de morte<br />
Nos dias 20 e 21 de novembro, as autoridades<br />
executaram 14 presos que estavam no corredor da<br />
morte. Essas foram as primeiras execuções levadas a<br />
cabo desde junho de 2011, apesar de sérias<br />
preocupações com a ausência de garantias para<br />
julgamentos justos no país. Trinta pessoas tiveram<br />
suas sentenças de morte confirmadas pelo Supremo<br />
Tribunal; 10 pessoas tiveram suas sentenças de<br />
morte comutadas para longas penas de prisão. No<br />
fim de novembro, mais de 250 pessoas ainda<br />
aguardavam execução.<br />
Visitas/relatórios da AI<br />
v Representantes da Anistia Internacional visitaram o Afeganistão em<br />
fevereiro, março, maio, junho, outubro e dezembro.<br />
4 Fleeing war, finding misery: The plight of the internally displaced in<br />
Afghanistan (ASA 11/001/2012)<br />
4 Strengthening the rule of law and protection of human rights, including<br />
women’s rights, is key to any development plan for Afghanistan (ASA<br />
11/012/2012)<br />
4 Open letter to the Government of Afghanistan, the United Nations, other<br />
humanitarian organizations and international donors (ASA 11/019/2012)<br />
ÁFRICA DO SUL<br />
REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL<br />
Chefe de Estado e de governo: Jacob G. Zuma<br />
Uso de força policial excessiva contra manifestantes,<br />
suspeitas de execuções extrajudiciais e torturas<br />
causaram preocupação nacional, e algumas medidas<br />
foram tomadas para a prestação de contas.<br />
Aumentaram a discriminação e a violência contra<br />
requerentes de asilo e refugiados, assim como as<br />
barreiras que dificultam o acesso ao sistema de<br />
asilo. Pouco se avançou no enfrentamento aos atos<br />
de violência sistemáticos e motivados por ódio contra<br />
a orientação sexual ou a identidade de gênero das<br />
vítimas. Apesar da constante ampliação do acesso<br />
aos tratamentos e aos cuidados para as pessoas que<br />
vivem com o HIV, as infecções relacionadas a esse<br />
vírus continuaram sendo a principal causa de<br />
mortalidade materna. Defensores dos direitos<br />
humanos continuaram em risco de sofrer violências e<br />
hostilidades.<br />
Informações gerais<br />
O Presidente Zuma foi reeleito para a presidência do<br />
partido do Congresso Nacional Africano (CNA) em<br />
dezembro. As eleições para a liderança aconteceram<br />
após meses de tensões e incidentes de violência<br />
entre facções contrárias dentro do partido. Suposta<br />
interferência política, rivalidades e corrupção<br />
provocaram mais instabilidade nos altos escalões dos<br />
serviços de polícia e de inteligência criminal,<br />
comprometendo sua integridade e eficiência.<br />
Importantes decisões judiciais reafirmaram os direitos<br />
humanos e protegeram a independência do<br />
ministério público.<br />
Greves generalizadas ocorreram nos setores de<br />
mineração e agrário. Em comunidades urbanas<br />
carentes, houve protestos contra a corrupção do<br />
governo local, contra a precariedade da educação e<br />
de outros serviços, e por melhores condições de<br />
trabalho. Em outubro, o governo divulgou os dados do<br />
censo nacional, que revelou a persistência de<br />
grandes disparidades raciais em termos de renda<br />
familiar e taxa de emprego.<br />
A África do Sul ratificou o Pacto Internacional sobre<br />
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.<br />
36 Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional