30.05.2013 Views

INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

R<br />

acordo com as Convenções de Genebra, e que o<br />

Reino Unido tinha a obrigação de requerer seu<br />

retorno. No entanto, a Suprema Corte concluiu que o<br />

fato de os EUA recusarem-se a transferir Yunus<br />

Rahmatullah para a custódia britânica era suficiente<br />

para demonstrar que o Reino Unido não poderia<br />

assegurar sua libertação.<br />

Forças policiais e de segurança<br />

Em janeiro, dois homens foram condenados pelo<br />

assassinato de Stephen Lawrence por motivos<br />

racistas em 1993. Em 1999, um inquérito sobre o<br />

caso constatou que a investigação policial havia sido<br />

comprometida "por uma mescla de incompetência<br />

profissional, racismo institucional e falha de liderança<br />

por parte de funcionários graduados".<br />

Em julho, um policial foi absolvido de homicídio<br />

culposo no caso de Ian Tomlinson, que morreu em<br />

meio às manifestações realizadas durante a Cúpula<br />

do G20 em Londres, em abril de 2009. Em um<br />

inquérito de 2011, o júri decidira que se tratava de<br />

homicídio ilegal, concluindo que Ian Tomlinson<br />

morrera por hemorragia interna depois de um<br />

policial golpeá-lo com um cassetete e derrubá-lo<br />

no chão. Em setembro, um comitê disciplinar da<br />

Polícia Metropolitana decidiu que a ação do<br />

policial constituíra má conduta extremamente<br />

grave.<br />

Irlanda do Norte<br />

Prosseguiram os incidentes de violência paramilitar<br />

na Irlanda do Norte. No dia 1º de novembro, o agente<br />

penitenciário David Black foi morto a tiros; dissidentes<br />

republicanos reivindicaram responsabilidade. Vários<br />

parlamentares e jornalistas receberam ameaças ou<br />

sofreram violência de paramilitares unionistas ou de<br />

fontes anônimas. No decorrer do ano, episódios de<br />

desordem pública deixaram policiais e outras pessoas<br />

feridos.<br />

Em outubro, iniciaram os trabalhos de uma<br />

comissão criada pelo Executivo da Irlanda do Norte<br />

para investigar abusos infantis cometidos por<br />

instituições no período de 1922 a 1995.<br />

Em novembro, a Inspetoria Real das Polícias deu<br />

início a uma revisão do trabalho da Equipe de<br />

Investigações Históricas, criada para reexaminar todas<br />

as mortes atribuídas ao conflito na Irlanda do Norte. A<br />

revisão se concentrará em determinar se as<br />

investigações realizadas pela equipe sobre casos<br />

envolvendo o exército estão de acordo com os direitos<br />

humanos e com as normas policiais.<br />

n Em dezembro, o Serviço de Polícia da Irlanda do<br />

Norte confirmou que começaria em <strong>2013</strong> uma<br />

investigação criminal sobre o massacre de 13<br />

manifestantes em favor dos direitos civis, perpetrado por<br />

soldados britânicos em 30 de janeiro de 1972, dia que<br />

ficou conhecido como Domingo Sangrento (Bloody<br />

Sunday).<br />

n Em dezembro, a Corte Superior da Irlanda do Norte<br />

invalidou um relatório elaborado em 2011 pelo Ouvidor<br />

da Polícia da Irlanda do Norte sobre a morte de seis<br />

homens em um atentado paramilitar contra um bar na<br />

localidade de Loughinisland, County Down, em julho de<br />

1994. Um novo Ouvidor da Polícia tomou posse em julho<br />

e começou uma série de reformas para assegurar a<br />

qualidade, a eficácia e a independência das<br />

investigações históricas sobre más condutas policiais.<br />

n Em dezembro, uma revisão do caso do homicídio do<br />

advogado Pat Finucane, em 1989, identificou níveis<br />

diversos e graves de conivência do Estado com sua<br />

morte, constatando, porém, que não houve<br />

"conspiração absoluta do Estado". O Primeiro-ministro<br />

pediu desculpas à família. A revisão, contudo, não se<br />

constituiu no inquérito independente, completo e efetivo<br />

que deveria ser e que foi prometido à família.<br />

Violência contra mulheres e meninas<br />

Em maio, o governo anunciou uma nova iniciativa<br />

voltada a prevenir a violência sexual em situações de<br />

conflito e pós-conflito, afirmando que esse seria um<br />

dos focos principais da presidência britânica do G8<br />

em <strong>2013</strong>.<br />

Em junho, o Reino Unido assinou a Convenção do<br />

Conselho da Europa para prevenir e combater a<br />

violência contra a mulher e a violência doméstica.<br />

Em novembro, novas leis foram adotadas na<br />

Inglaterra e no País de Gales para lidar com casos de<br />

assédio, criminalizando esse tipo de comportamento<br />

a fim de tentar melhorar a segurança da população.<br />

Refugiados e requerentes de asilo<br />

Em julho, a Procuradoria-Geral (Crown Prosecution<br />

Service) anunciou não haver provas suficientes para<br />

fundamentar acusações relacionadas com a morte de<br />

Jimmy Mubenga em 2010. Entretanto, depoimentos<br />

de testemunhas afirmavam que ele havia sido contido<br />

de maneira perigosa e indicavam que houve falhas no<br />

treinamento dos seguranças. Jimmy Mubenga, um<br />

142 Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!