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conformado a uma longa e dolorosa espera pelo contato <strong>com</strong> sua<<strong>br</strong> />
platéia. Não é raro que, ao exibir seu filme, o animador esteja já<<strong>br</strong> />
muito distante da emoção original que o fez construir aquelas ações,<<strong>br</strong> />
e portanto se sinta estranho a tudo que está na tela. Este distanciamento<<strong>br</strong> />
nas trocas <strong>com</strong> o público se torna um fator frustrante para o<<strong>br</strong> />
cineasta de animação. Realizamos um trabalho bastante dinâmico,<<strong>br</strong> />
mas dependente de instrumentos “frios” (máquinas <strong>com</strong>o o <strong>com</strong>putador,<<strong>br</strong> />
câmera, etc.). Já quanto ao marionetista, cremos que ele<<strong>br</strong> />
vive quase integralmente o prazer de transportar suas emoções e<<strong>br</strong> />
movimentos para um outro corpo, acrescido do prazer da resposta<<strong>br</strong> />
imediata do público quando se apresenta.<<strong>br</strong> />
Por outro lado, aconteceu no workshop um momento no qual<<strong>br</strong> />
os animadores de cinema se sentiram úteis aos de teatro: foi quando<<strong>br</strong> />
trabalhamos so<strong>br</strong>e o storyboard, nosso instrumento de planejamento<<strong>br</strong> />
das cenas de um filme de animação, no qual desenhamos o lay-out<<strong>br</strong> />
de cada cena e realizamos previamente a edição de nossos filmes.<<strong>br</strong> />
Alguns bonequeiros jamais haviam experimentado esta ferramenta<<strong>br</strong> />
e ficaram encantados <strong>com</strong> as suas possibilidades.<<strong>br</strong> />
A elaboração conjunta, através de storyboards, das idéias concebidas<<strong>br</strong> />
em reuniões de criação de marionetistas e animadores,<<strong>br</strong> />
constituiu-se numa das experiências mais ricas do estágio. Os<<strong>br</strong> />
marionetistas ensaiavam seus gestos e cenas enquanto os cineastas<<strong>br</strong> />
procuravam a melhor maneira de enquadrar a cena, aperfeiçoando<<strong>br</strong> />
forma e ritmo para sua melhor representação em filme. Neste estágio<<strong>br</strong> />
do workshop, os <strong>com</strong>putadores não estavam ainda presentes,<<strong>br</strong> />
e não podíamos imaginar o que seria ou não possível realizar em<<strong>br</strong> />
um sistema ainda desconhecido da maioria. Esta incerteza, em vez<<strong>br</strong> />
de nos limitar, acabou por incitar ainda mais a imaginação dos<<strong>br</strong> />
participantes. Esquetes plenos de inventividade foram concebidos,<<strong>br</strong> />
alguns até mesmo demasiadamente elaborados para o tempo e os<<strong>br</strong> />
equipamentos disponíveis na época.<<strong>br</strong> />
Ao longo dos ensaios para a apresentação final dos resultados do<<strong>br</strong> />
workshop, em que utilizaríamos em cena e ao vivo, em um espetáculo,<<strong>br</strong> />
os recursos do motion-capture aplicados a marionetes e objetos, pude<<strong>br</strong> />
MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />
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Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas