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72<<strong>br</strong> />
Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas<<strong>br</strong> />
MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />
são consideradas artes irmãs. Portanto, a primeira influência do<<strong>br</strong> />
bunraku foi so<strong>br</strong>e o kabuki. As décadas de 1730 a 1760 são conhecidas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o a Idade de Ouro do bunraku. O kabuki, num esforço<<strong>br</strong> />
para recuperar sua antiga popularidade, prontamente adotou muito<<strong>br</strong> />
do repertório bunraku. Menos de um mês após as estréias das três<<strong>br</strong> />
o<strong>br</strong>as-primas bunraku Os Ensinamentos Caligráficos de Sugawara<<strong>br</strong> />
(1746), Yoshitsune e as Mil Cerejeiras (1747) e As Vinganças dos 47<<strong>br</strong> />
Vassalos Leais (Chûshingura, 1748), da autoria coletiva de Izumo<<strong>br</strong> />
Takeda, Senryu Namiki e Shoraku Miyoshi, elas foram encenadas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o kabuki. Mesmo atualmente, os kabuki mais populares são<<strong>br</strong> />
derivados do bunraku e conhecidos <strong>com</strong>o Takemoto-gueki, maruhon-mono<<strong>br</strong> />
ou Guidayu-gueki.<<strong>br</strong> />
Ao contratar manipuladores e músicos dos dois únicos teatros<<strong>br</strong> />
bunraku de Osaka, Takemoto-za e Toyotake-za, para assessorá-lo<<strong>br</strong> />
nas montagens, o kabuki acabou absorvendo muito além do estilo<<strong>br</strong> />
de narração, que no kabuki é denominado chobo, e da música<<strong>br</strong> />
shamisen, <strong>com</strong>o incorporou várias formas de atuação, que vigoram<<strong>br</strong> />
até hoje. Em Literatura Japonesa (1955), Donald eene afirma:<<strong>br</strong> />
“Embora na Europa a tentativa tenha sido de fazer os bonecos se<<strong>br</strong> />
assemelharem o máximo possível aos seres vivos, no Japão, os atores<<strong>br</strong> />
(kabuki) até hoje imitam os movimentos dos bonecos.” (EENE,<<strong>br</strong> />
1977, p. 59).<<strong>br</strong> />
Não se pode aplicar tal generalização a todas as atuações no<<strong>br</strong> />
kabuki. Mas nos maruhon-mono, os atores imitam os movimentos<<strong>br</strong> />
titubeantes e convulsivos dos bonecos, que não apresentam a naturalidade<<strong>br</strong> />
dos humanos nas articulações dos <strong>br</strong>aços, pernas e pescoço.<<strong>br</strong> />
Em algumas peças, no final de cada ato, os atores congelam-se numa<<strong>br</strong> />
pose fotográfica, transformando-se em bonecos e <strong>com</strong>pondo um<<strong>br</strong> />
magnífico quadro pictórico.<<strong>br</strong> />
O riso do kyôguen e de Molière – No Período Edo, o nôgaku<<strong>br</strong> />
(conjunto de nô e kyôguen, interlúdio cômico apresentado entre as<<strong>br</strong> />
tragédias nô) torna-se a expressão teatral oficial da classe dos samurais,<<strong>br</strong> />
então no poder. Portanto, os artistas plebeus de bunraku e<<strong>br</strong> />
kabuki não tinham permissão de adaptá-los. Mas <strong>com</strong> a restauração