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96<<strong>br</strong> />

Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas<<strong>br</strong> />

MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />

Surpreendentemente, sua o<strong>br</strong>a nos demonstra que o cinema de<<strong>br</strong> />

animação pode ser bem mais intuitivo do que poderíamos imaginar<<strong>br</strong> />

à primeira vista.<<strong>br</strong> />

Mesmo em seus trabalhos mais precisos e matemáticos onde,<<strong>br</strong> />

por exemplo, a sincronização de música e imagem era perfeita em<<strong>br</strong> />

mínimos detalhes, McLaren poderia utilizar uma simples régua de<<strong>br</strong> />

madeira marcando o tamanho de seus movimentos em lápis. Ele<<strong>br</strong> />

se referia constantemente à “memória muscular”, que o ajudaria<<strong>br</strong> />

a manter precisa a movimentação quadro a quadro de recortes de<<strong>br</strong> />

papel ou objetos, obedecendo a uma escala de tempo pré-calculada.<<strong>br</strong> />

Em seu planejamento minucioso, jamais deixava de lado a possibilidade<<strong>br</strong> />

de uma improvisação ou intuição de última hora. Se ele<<strong>br</strong> />

ainda estivesse vivo e se interessasse em experimentar a <strong>com</strong>putação<<strong>br</strong> />

gráfica, certamente ampliaria ainda mais estas possibilidades de<<strong>br</strong> />

introduzir o acaso.<<strong>br</strong> />

Em filmes que documentam seu processo criativo (<strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

McLaren at Play, de 1940), podemos conhecer um pouco do lado<<strong>br</strong> />

performático do mestre. O inventor da Pixilation gostava bastante<<strong>br</strong> />

de se divertir durante o trabalho, explorando a sua própria expressão<<strong>br</strong> />

corporal e a de seus <strong>com</strong>panheiros. Vizinhos (Neighbours), o filme<<strong>br</strong> />

que lhe trouxe reconhecimento internacional ao conquistar um<<strong>br</strong> />

Oscar de melhor curta-metragem em 1952, foi feito inteiramente<<strong>br</strong> />

em pixilation, sem um storyboard extensamente planejado; McLaren<<strong>br</strong> />

afirmava ser este o seu trabalho preferido, tanto pela mensagem<<strong>br</strong> />

criativamente pacifista quanto pelo frescor de sua criatividade,<<strong>br</strong> />

pois várias de suas cenas foram criadas espontaneamente no calor<<strong>br</strong> />

da filmagem, realizada quadro a quadro em um parque ao ar livre<<strong>br</strong> />

no curto verão do Québec.<<strong>br</strong> />

Na verdade, improvisação e intuição fizeram parte dos primeiros<<strong>br</strong> />

espetáculos do cinema de animação. As primeiras representações<<strong>br</strong> />

ancestrais desta linguagem, <strong>com</strong>o as projeções animadas de<<strong>br</strong> />

lanternas mágicas, contavam <strong>com</strong> improvisação e performance do<<strong>br</strong> />

lanternista.<<strong>br</strong> />

O Teatro Óptico de Émile Reynaud, espetáculo projetado de

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