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As marionetes encarnam uma<<strong>br</strong> />

verdade que não morre jamais 3<<strong>br</strong> />

Leszek Madzik<<strong>br</strong> />

Universidade Católica de Lublin - UL (Polônia)<<strong>br</strong> />

A noção de marionete me soa bastante limitada. Geralmente<<strong>br</strong> />

prefiro usar o termo mais amplo, manequim, que a<strong>br</strong>ange a idéia de<<strong>br</strong> />

boneco. Uma marionete é uma pessoa objetivada; isto implica que<<strong>br</strong> />

um organismo humano (uma pessoa) está morto e se transforma<<strong>br</strong> />

então em marionete. A marionete faz passar uma mensagem so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o humano, presente na sua imobilidade (uma figura esculpida).<<strong>br</strong> />

As marionetes nos meus espetáculos valem <strong>com</strong>o metáforas do<<strong>br</strong> />

corpo humano. A presença de figuras mortas veicula uma mensagem<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o humano. Nisso o silêncio diz mais que as palavras.<<strong>br</strong> />

A primeira vez que desco<strong>br</strong>i a marionete, estava assistindo o<<strong>br</strong> />

espetáculo Pedindo Pão do Bread and Puppet de Peter Schumam<<strong>br</strong> />

que se apresentou em Varsóvia, na Polônia dos anos de 1970. Sua<<strong>br</strong> />

influência é fortemente visível nos meus primeiros espetáculos.<<strong>br</strong> />

Nesta época eu tinha um grande desejo de encontrar minha própria<<strong>br</strong> />

linguagem, minhas orientações pessoais e o território que queria<<strong>br</strong> />

explorar. Nos primeiros tempos eu utilizava muitas máscaras. Mas<<strong>br</strong> />

em seguida me concentrei mais so<strong>br</strong>e a luz e o espaço.<<strong>br</strong> />

Eu utilizei a marionete <strong>com</strong>o uma figura múltipla e ampliada.<<strong>br</strong> />

Em Estigma ela representava o absoluto, era uma grande máscara<<strong>br</strong> />

e tinha também um rosto. Já em Herbarium, utilizei grandes<<strong>br</strong> />

marionetes, pois sentia a necessidade de me expandir: queria que<<strong>br</strong> />

o espetáculo fosse cheio de marionetes. As máscaras não me satisfaziam<<strong>br</strong> />

mais. As marionetes são presenças em cada um dos meus<<strong>br</strong> />

espetáculos. São símbolos, metáforas.<<strong>br</strong> />

O encontro do ator <strong>com</strong> a marionete conta a passagem do mun-<<strong>br</strong> />

3 Tradução de Valmor Níni Beltrame; Maria de Fátima Souza Moretti; José Ronaldo Falei-<<strong>br</strong> />

Tradução de Valmor Níni Beltrame; Maria de Fátima Souza Moretti; José Ronaldo Faleiro,<<strong>br</strong> />

professores do Departamento de Artes Cênicas no Centro de Artes da UDESC.<<strong>br</strong> />

MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />

217<<strong>br</strong> />

Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas

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