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Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas<<strong>br</strong> />

MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />

do de uma resolução formal à seguinte. O método de Mizoguchi<<strong>br</strong> />

de “uma cena/um plano” também seria um movimento seqüencial,<<strong>br</strong> />

mudando de uma forma primorosa a outra.<<strong>br</strong> />

Embora o considerando uma forma teatral muito prolixa,<<strong>br</strong> />

Mizoguchi introduziu uma cena de bunraku no filme Elegia de<<strong>br</strong> />

Osaka (1936).<<strong>br</strong> />

Ao observar, porém, os instrumentos musicais usados no<<strong>br</strong> />

jôruri e os movimentos das marionetes, fico pensando que<<strong>br</strong> />

um filme não pode alcançar uma força de representação<<strong>br</strong> />

tão intensa e aquela profundidade de atmosfera. Mas, no<<strong>br</strong> />

que diz respeito à perfeição artística, falta alguma coisa<<strong>br</strong> />

no bunraku. (MIZOGUCHI: 1990, p. 270).<<strong>br</strong> />

O escritor e dramaturgo Yukio Mishima, por sua vez, considerava<<strong>br</strong> />

as técnicas do shingueki (teatro moderno) muito mornas.<<strong>br</strong> />

Portanto, ao <strong>com</strong>por tragédias kabuki, acreditava que teriam que<<strong>br</strong> />

ser necessariamente derivadas do bunraku, <strong>com</strong>o em O Biombo do<<strong>br</strong> />

Inferno (1953), baseado no conto homônimo de Akutagawa. O<<strong>br</strong> />

pintor Yoshihide ao contemplar a estranha beleza de sua filha agonizando<<strong>br</strong> />

no meio de uma carruagem em chamas, esquece-se do seu<<strong>br</strong> />

amor paterno, pinta absortamente o biombo e depois se suicida. Já<<strong>br</strong> />

Orvalho no Lótus: Contos de Ouchi (1955) tem a estrutura de kabuki<<strong>br</strong> />

adaptado do bunraku, mas na realidade é uma versão kabuki da<<strong>br</strong> />

Fedra de Racine. E Mishima quis colocar uma mulher moderna, a<<strong>br</strong> />

dama Fuyô (Fedra), dentro dos moldes da antiga narrativa jôruri<<strong>br</strong> />

do teatro de bonecos.<<strong>br</strong> />

Crítica à moral feudal – Baseada no bunraku de Chikamatsu,<<strong>br</strong> />

O Tamboril das Ondas de Horikawa (1707), a adaptação cinematográfica<<strong>br</strong> />

de Tadashi Imai, Tamboril Noturno (1958), é conhecida<<strong>br</strong> />

no exterior <strong>com</strong>o A Adúltera. O xogunato Tokugawa exigia que<<strong>br</strong> />

todos os senhores feudais residissem em Edo (antiga Tokyo), capital<<strong>br</strong> />

de então, em anos alternados. Há uma crítica a essa norma, que<<strong>br</strong> />

forçava a separação dos casais. No filme de Imai, a esposa infiel de<<strong>br</strong> />

um samurai engravida e é o<strong>br</strong>igada a se suicidar, o que assinala a

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