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as fraquezas da carne. Para Craig, a marionete devia trazer à cena<<strong>br</strong> />
a sensação de medo metafísico, uma intensidade, uma “beleza de<<strong>br</strong> />
morte” que também Artaud reconhece <strong>com</strong>o específicas dessas criaturas<<strong>br</strong> />
inventadas, feitas de madeira e pano, inteiramente construídas<<strong>br</strong> />
e capazes de trazer à cena um pouco do grande medo metafísico<<strong>br</strong> />
que estava na base do grande teatro antigo.<<strong>br</strong> />
Nesses anos, partindo de uma experiência pictórica, Vassili<<strong>br</strong> />
andinsky <strong>com</strong>põem, entre 1908 e 1914, A Sonoridade amarela,<<strong>br</strong> />
A Sonoridade verde, Preto e <strong>br</strong>anco, Violeta e Figura preta, que se<<strong>br</strong> />
apresentam sob a forma de uma série de quadros enigmáticos,<<strong>br</strong> />
nos quais as variações de luz, as metamorfoses do espaço e as<<strong>br</strong> />
evoluções de seres dificilmente definíveis são a única ação, e<<strong>br</strong> />
nos quais as figuras antropomórficas são definidas <strong>com</strong>o “seres<<strong>br</strong> />
vagos”, “seres vermelhos, indistintos” e definidas, inclusive,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o “marionetes” ou “marionetes pintadas de madeira”. Na<<strong>br</strong> />
abstração absoluta dessas <strong>com</strong>posições, andinsky faz uma<<strong>br</strong> />
mistura profunda e uma correlação entre as várias linguagens<<strong>br</strong> />
usadas: musical, figurativa e plástica, indicando um horizonte.<<strong>br</strong> />
Outra vertente que aproxima as vanguardas à marionete é a da<<strong>br</strong> />
Primeira Guerra Mundial. A modernidade, a técnica e, inclusive a<<strong>br</strong> />
guerra, aparecem aos futuristas italianos <strong>com</strong>o uma explosão vital,<<strong>br</strong> />
que teria acabado <strong>com</strong> marasmos e convenções não mais adequados<<strong>br</strong> />
à modernidade. O teatro futurista da surpresa, alógico, antipsicológico,<<strong>br</strong> />
usa um ator de corpo parcial (somente os pés), um teatro<<strong>br</strong> />
de objetos; inventa uma linguagem visual e corporal alternativa<<strong>br</strong> />
à verbal, so<strong>br</strong>etudo <strong>com</strong> balés plásticos. A máquina se torna um<<strong>br</strong> />
modelo de corpo humano maravilhoso, pois triunfa so<strong>br</strong>e a morte.<<strong>br</strong> />
Marinetti não exalta talvez o esplendor mecânico do corpo feito<<strong>br</strong> />
de partes substituíveis?<<strong>br</strong> />
A biomecânica de Meyerhold e dos construtivistas russos<<strong>br</strong> />
Na vertente dadaísta, a guerra alimenta uma raiz polêmica<<strong>br</strong> />
contra o homem definido <strong>com</strong>o ser racional. Os eventos bélicos<<strong>br</strong> />
desmentiam essa pretensão, que só podia ser ridicularizada por<<strong>br</strong> />
performances provocatórias, nas quais o <strong>com</strong>ponente verbal<<strong>br</strong> />
MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />
23<<strong>br</strong> />
Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas