11.06.2013 Views

Edição e distribuição www.designeditora.com.br Tipologia Adobe ...

Edição e distribuição www.designeditora.com.br Tipologia Adobe ...

Edição e distribuição www.designeditora.com.br Tipologia Adobe ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ao original bunraku e o acaba modernizando. No final, os protagonistas<<strong>br</strong> />

do musical rock se transformam nos mem<strong>br</strong>os da gangue<<strong>br</strong> />

de motos do Hell’s Angels.<<strong>br</strong> />

“O teatro é oriental”, paradoxo caro a Mnouchkine (BANU:<<strong>br</strong> />

2000, p.?) – Em Tambores so<strong>br</strong>e o Dique (1999), Ariane Mnouchkine,<<strong>br</strong> />

diretora do Théâtre du Soleil, também emprega os recursos<<strong>br</strong> />

do bunraku. Mas ao fazer algumas mutações, realiza uma leitura<<strong>br</strong> />

contemporânea: “o animado <strong>com</strong>anda o animado”, <strong>com</strong> os atores<<strong>br</strong> />

manipuladores movimentando os atores duplos dos bonecos<<strong>br</strong> />

(antecipado por Béjart no balé The Kabuki, 1986); a narrativa<<strong>br</strong> />

guidayu-bushi do bunraku é “substituída pela descontinuidade da<<strong>br</strong> />

música”, que também <strong>com</strong>enta as ações; e por fim, “a intervenção<<strong>br</strong> />

do ‘vocal’ no campo do inanimado”, pois “às vezes o duplo da<<strong>br</strong> />

marionete é loquaz”.<<strong>br</strong> />

Bunraku e Literatura<<strong>br</strong> />

Duas escritoras do século XX, Sawako Ariyoshi (1931-1984)<<strong>br</strong> />

e Chiyo Uno (1897-1996) se inspiraram no bunraku. O conto de<<strong>br</strong> />

Ariyoshi, Ningyô-jôruri, literalmente Bonecos e Estórias Cantadas,<<strong>br</strong> />

é o nome original para bunraku e, ainda hoje, usado pelos profissionais<<strong>br</strong> />

e especialistas.<<strong>br</strong> />

Já a o<strong>br</strong>a literária da arrojada e versátil Chiyo Uno, que vi já<<strong>br</strong> />

idosa e elegante de quimono na “Exposição de Treze Escritoras”<<strong>br</strong> />

(outu<strong>br</strong>o de 1988), na loja de departamentos Tôbu em Tokyo,<<strong>br</strong> />

observa uma regra em seus trabalhos. O narrador conta um fato<<strong>br</strong> />

a alguém do sexo oposto. Este artifício literário, do protagonista<<strong>br</strong> />

narrar a alguém e a trama se desenrolar, deriva da tradição narrativa<<strong>br</strong> />

do bunraku. Kyûkichi Tenguya, o Artesão de Bonecos (1942) é um<<strong>br</strong> />

registro denso so<strong>br</strong>e a confecção de cabeças de bonecos. O artesão<<strong>br</strong> />

envelhecido de Tokushima, que viria a falecer em 1943, aos 86 anos,<<strong>br</strong> />

por detrás da conversa artística, conta a sua história. E quem a escuta<<strong>br</strong> />

embevecida é a escritora Chiyo Uno, que viera de Tokyo.<<strong>br</strong> />

Lá também a autora ouviu a história de um antiquário, base<<strong>br</strong> />

para a concepção do seu romance Ohan (1957). Uma pequena<<strong>br</strong> />

jóia, que desde o início quis ser tradicional <strong>com</strong>o o bunraku e que<<strong>br</strong> />

MÓIN-MÓIN<<strong>br</strong> />

75<<strong>br</strong> />

Revista de Estudos so<strong>br</strong>e Teatro de Formas Animadas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!