Manual de Mergulho - nasal - Universidade dos Açores
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Curso <strong>de</strong> <strong>Mergulho</strong> Nacional (IDP) FÍSICA APLICADA AO MERGULHO<br />
MERGULHOS EM ALTITUDE<br />
O ponto mais importante a ser observado é em relação à altitu<strong>de</strong>.<br />
• As tabelas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompressão normalmente utilizadas (como as baseadas nas tabelas da USNavy) foram criadas<br />
tomando como base o facto do mergulhador encontrar no retorno à superfície uma pressão ambiente <strong>de</strong> 760 mm<br />
Hg (pressão atmosférica normal ao nível do mar). No entanto, a maioria <strong>dos</strong> lagos e represas encontram-se bem<br />
acima do nível do mar, muitas vezes a mais <strong>de</strong> 1.000 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>.<br />
• Com o aumento da altitu<strong>de</strong>, a pressão atmosférica diminui gradativamente (cerca <strong>de</strong> 8 mm Hg a cada 100 m),<br />
atingindo 380 mm Hg a 5.500 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> (meta<strong>de</strong> da pressão ao nível do mar). Isto obriga os mergulhadores a<br />
realizarem ajustes nas tabelas durante o planeamento do mergulho. Ignorar estes ajustes em um mergulho<br />
relativamente fundo em um lago a 1.500 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> significam um caso <strong>de</strong> doença <strong>de</strong>scompressiva na certa.<br />
• Normalmente este ponto é discutido em um curso <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mergulho em altitu<strong>de</strong>, um treino essencial<br />
para aqueles que preten<strong>de</strong>m mergulhar a mais <strong>de</strong> 300 m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>. Para aqueles que usam computadores, o<br />
melhor é consultar o manual <strong>de</strong> instruções. Alguns mo<strong>de</strong>los se ajustam automaticamente à variações <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>,<br />
alguns exigem que o mergulhador informe a altitu<strong>de</strong> em que os mergulhos estarão sendo realiza<strong>dos</strong> enquanto que<br />
outros simplesmente não po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>dos</strong> acima do nível do mar.<br />
• Para os que usam tabelas, o princípio básico é corrigir a profundida<strong>de</strong> real do mergulho <strong>de</strong> modo a criar uma<br />
"profundida<strong>de</strong> fictícia", utilizada para os cálculos com as tabelas. Como a profundida<strong>de</strong> fictícia é maior que a real,<br />
os limites <strong>de</strong> não <strong>de</strong>scompressão são reduzi<strong>dos</strong> e os tempos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompressão aumentam, compensando o efeito<br />
da pressão reduzida na superfície.<br />
• A profundida<strong>de</strong> fictícia po<strong>de</strong> ser calculada através da seguinte fórmula:<br />
P - Profundida<strong>de</strong> Fictícia a consi<strong>de</strong>rar<br />
p - Profundida<strong>de</strong> Real<br />
H - Pressão Atmosférica ao nível do mar<br />
h - Pressão atmosférica local<br />
• Multiplicar a profundida<strong>de</strong> real pelos seguintes<br />
factores:<br />
* Entre 100 e 300 metros x 1,25<br />
* Entre 300 e 2000 metros x 1,3<br />
* Entre 2000 e 3000 metros x 1,5<br />
Proprieda<strong>de</strong> do NASAL<br />
P = p . H / h<br />
• A profundida<strong>de</strong> fictícia po<strong>de</strong> ainda ser calculada <strong>de</strong> outra forma (to<strong>dos</strong> os valores <strong>de</strong>vem ser forneci<strong>dos</strong> em metros):<br />
P = p x Alt<br />
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