14.06.2013 Views

Manual de Mergulho - nasal - Universidade dos Açores

Manual de Mergulho - nasal - Universidade dos Açores

Manual de Mergulho - nasal - Universidade dos Açores

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Curso <strong>de</strong> <strong>Mergulho</strong> Nacional (IDP) FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA<br />

SOBREPRESSÃO PULMONAR<br />

• Quando se mergulha com escafandro autónomo, não existe diminuição do volume intratorácico, pois existe<br />

equilibro entre a pressão ambiente e a pressão intratorácica, o que significa que o volume e igual tanto à superfície<br />

como a 20 ou 40 metros, variando apenas a pressão do gás contido nos alvéolos, assim o mergulhador consome<br />

muito mais ar em profundida<strong>de</strong> que à superfície (a 40 m a capacida<strong>de</strong> pulmonar é <strong>de</strong> 4,5 L á pressão <strong>de</strong> 5 ATA o<br />

que correspon<strong>de</strong> a 22,5 L à superfície, 4,5 L x 5 = 22,5)<br />

• Este aci<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong> ocorrer durante a subida, como resultado do ar no interior <strong>dos</strong> pulmões não ser expelido para o<br />

exterior ou, sê-lo em quantida<strong>de</strong> insuficiente através da expiração, e por diminuição da pressão, vai provocando<br />

urna dilatação <strong>dos</strong> alvéolos, levando á passagem <strong>de</strong> bolhas para as veias pulmonares ou espaços intersticiais<br />

variando o quadro clinico com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ar contido nos pulmões, no início da subida, e com a velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sta . Há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passagem <strong>de</strong> ar sem rotura.<br />

• Os maiores problemas surgem nos últimos metros da subida, quando se verificam variações maiores do volume<br />

gasoso, (um volume X a 4 ATA - 30m, duplica a 2 ATA - 10m e quadruplica a 1 ATA - superfície).<br />

• Os danos físicos causa<strong>dos</strong> por sobrepressão mas que ocorrem <strong>de</strong> um modo diferente, resultando na fuga <strong>de</strong> ar <strong>dos</strong><br />

pulmões e no seu alojamento na cavida<strong>de</strong> toráxica ou entre os órgãos que ocupam esta cavida<strong>de</strong>:<br />

1. Pneumotórax - ar entre a pleura parietal e a pare<strong>de</strong> toráxica provocando o colapso do pulmão.<br />

2. Enfisema - ar alojado na área em redor do coração ou na base do pescoço que po<strong>de</strong> exercer pressão nos<br />

órgãos adjacentes, impedindo-os <strong>de</strong> funcionar<br />

3. Ainda que ambos possam ocorrer isoladamente, o pneumotórax e o enfisema são em geral acompanha<strong>dos</strong><br />

por Embolia gasosa.<br />

Causas:<br />

• Subida rápida.<br />

• Valsava durante a subida.<br />

• Obstáculo à saída <strong>de</strong> ar:<br />

- Espasmo da glote – Pânico ou crise compulsiva<br />

- Pânico frénico - Soco no epigastro<br />

- Doença pulmonar obstrutiva - Asma<br />

Sintomas:<br />

• Destruição do parênquima pulmonar:<br />

- Dispneia<br />

- Tosse<br />

- Hemóptises<br />

- Cianose<br />

Sinais (os sinais e sintomas aparecem em geral logo após a chegada à superfície):<br />

• Desconforto no peito (dor).<br />

• Espuma <strong>de</strong> saliva com sangue.<br />

• Redução da capacida<strong>de</strong> ventilatória.<br />

• Alteração do tom <strong>de</strong> voz. Crepitação.<br />

• Choque.Inconsciência, morte.<br />

Primeiros-socorros:<br />

• Deitar a vítima<br />

• Manter a vítima calma<br />

• Administrar oxigénio a 100 %<br />

• Tratar o choque e evacuar a vitima para uma câmara <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompressão o mais rapidamente possível<br />

Benefícios do oxigénio a 100 %:<br />

• Na redução da pressão parcial do azoto no sangue ajuda à reabsorção do azoto contido no ar que escapa <strong>dos</strong><br />

pulmões.<br />

• Compensa a redução da área <strong>de</strong> pulmão disponível para trocas gasosas em casos <strong>de</strong> colapso do pulmão.<br />

Rotura Alvéolar<br />

No caso <strong>de</strong> extensa rotura alvéolar po<strong>de</strong> surgir insuficiência respiratória<br />

• Enfizema - Entrada <strong>de</strong> ar nos teci<strong>dos</strong> pulmonares irtersticiais.<br />

- Alteração da voz.<br />

- Pressão na orofaringe .<br />

- Dispneia.<br />

- Disfagia.<br />

- Mal estar retroesternal.<br />

- Sincope.<br />

• Pneumotórax - Rotura da pleura visceral.<br />

- Dor súbita unilateral<br />

- Dispneia<br />

- Expectoração hemoptóica<br />

• Embolia gasosa - Passagem <strong>de</strong> gás para as veias pulmonares po<strong>de</strong>ndo provocar obstrução vascular ou atingir o<br />

cérebro ou outros órgãos.<br />

• Os sintomas da embolia gasosa surgem 10 a 15 minutos após a imersão.<br />

Proprieda<strong>de</strong> do NASAL<br />

86

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!