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Manual de Mergulho - nasal - Universidade dos Açores

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Curso <strong>de</strong> <strong>Mergulho</strong> Nacional (IDP) BAROTRAUMATISMOS<br />

• Os graus <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> além <strong>de</strong> Teed 2 normalmente são severos o suficiente para serem acompanha<strong>dos</strong> <strong>de</strong> casos<br />

inflamatórios e enrrugamento ou fecho da Trompa <strong>de</strong> Eustáquio. A compensação torna-se impossível e o mergulho<br />

năo po<strong>de</strong> ser feito até que o dano seja reparado. Muitas férias <strong>de</strong> mergulho tem se tornado férias terrestres porque<br />

a lesăo no ouvido ocorre nos primeiros dias <strong>de</strong> mergulho.<br />

• Junto com a lesão que ocorre na <strong>de</strong>scida também é possível a ocorrência da compressão do ouvido durante a<br />

subida, chamada <strong>de</strong> compressão reversa, sendo esta muito menos comum. Esta compressão é causada pela năo<br />

abertura da Trompa <strong>de</strong> Eustáquio durante a subida.<br />

• Normalmente a Trompa <strong>de</strong> Eustáquio é facilmente aberta com uma pequena elevação na pressão do ouvido médio.<br />

A compressão reversa também po<strong>de</strong> ocorrer se o canal externo do ouvido se encontra bloqueado durante a<br />

<strong>de</strong>scida (ex: capuz muito apertado ou o uso <strong>de</strong> tampőes <strong>de</strong> ouvido).<br />

Ruptura da Janela Redonda<br />

• A forma mais séria <strong>de</strong> barotrauma do ouvido ocorre quando existe o rompimento, na forma <strong>de</strong> uma janela circular,<br />

do ouvido interno <strong>de</strong>vido a mudanças <strong>de</strong> pressăo e volume durante a <strong>de</strong>scida. Esta lesăo é causada por uma<br />

manobra <strong>de</strong> valsalva extremamente forte, com a Trompa <strong>de</strong> Eustáquio <strong>de</strong> alguma forma bloqueada. Esta manobra<br />

causa uma elevação abrupta, acima da pressão ambiente, da pressăo do fluido do ouvido interno. A diferença <strong>de</strong><br />

pressão entre este fluido e o ouvido interno é frequentemente suficiente para causar a ruptura da janela circular.<br />

Po<strong>de</strong> causar tonturas, vertigens, perda <strong>de</strong> audiçăo e zumbi<strong>dos</strong> no ouvido. Neste caso a ruptura do tímpano po<strong>de</strong> ou<br />

năo ocorrer. A rápida instalação <strong>dos</strong> sintomas po<strong>de</strong> causar a <strong>de</strong>sorientação no mergulhador. Alguns mergulhadores<br />

năo notam estes sintomas até a subida ao final <strong>de</strong> seu mergulho.<br />

Barotraumatismo do ouvido na <strong>de</strong>scida Barotraumatismo do ouvido na subida<br />

• A compressăo do ouvido é melhor prevenido evitando-se mergulhar quando o nariz ou a garganta estiverem<br />

inflama<strong>dos</strong>. Neste quadro normalmente encontramos infecçőes respiratórias superiores ou alergias.<br />

Descongestionantes leves ajudam. Executando uma manobra <strong>de</strong> valsalva suave na superfície é um bom teste para<br />

suas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> equalização (manobra <strong>de</strong> equilibrio). Vencendo o primeiro pé <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>scendo<br />

vagarosamente e equalizando continuamente irá prevenir a compressăo no ouvido. Năo continue a <strong>de</strong>scer se os<br />

seus ouvi<strong>dos</strong> estiverem a doer. A maiores profundida<strong>de</strong>s você somente conseguirá abrir a Trompa <strong>de</strong> Eustáquio<br />

com uma manobra <strong>de</strong> valsalva forçada, po<strong>de</strong>ndo causar uma ruptura <strong>de</strong> uma janela circular no ouvido interno.<br />

• Se o ouvido começar a doer, suba aproximadamente dois pés (1/2 metro) ou até a dor <strong>de</strong>saparecer e tente<br />

novamente equilibrar (equalizar), entăo <strong>de</strong>sça vagarosamente com tentativas frequentes <strong>de</strong> equalizar antes que a<br />

dor ocorra.<br />

• Um mergulhador experiente não <strong>de</strong>ve sofrer <strong>de</strong> compressões no ouvido. Se a compensação não consegue ser feita<br />

na superfície, certamente não po<strong>de</strong>rá ser feita também a profundida<strong>de</strong> e o mergulho não <strong>de</strong>ve ser feito naquele dia.<br />

Compensar frequentemente, da superfície até o fundo, <strong>de</strong>ve se tornar um hábito para prevenir lesões no ouvido.<br />

As manobras <strong>de</strong> compensação<br />

• Qualquer manobra que faça abrir as trompas <strong>de</strong> Eustáquio, <strong>de</strong>signa-se por manobra <strong>de</strong> compensação. Há<br />

indivíduos que, gozando duma perfeita permeabilida<strong>de</strong> tubária, conseguem compensar com o mínimo esforço, a<br />

maior parte das pessoas tem no entanto maior ou menor dificulda<strong>de</strong> em faze-lo e terão que recorrer a artifícios<br />

para o conseguir.<br />

• Depen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> indivíduo para indivíduo mas sem diferenças significativas, torna-se necessário compensar para<br />

variações <strong>de</strong> pressão da or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> 300 g/cm 2 , o que suce<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3 em 3 metros. Apertando o nariz, fechando a<br />

boca e expirando com forca, como se estivesse a assoar, faz-se com que o ar passe pelas trompas e chama-se a<br />

este procedimento a manobra <strong>de</strong> Valsalva, <strong>de</strong>scrita pelo seu autor pela primeira vez em 1704.<br />

Proprieda<strong>de</strong> do NASAL<br />

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