conceitos actuais do tratamento cirúrgico das sinusites crónicas

2.3.3. Evolução da inflamação aguda
A inflamação é uma resposta biológica de defesa local, quando o
organismo é exposto a uma agressão por um agente nocivo, de qualquer
natureza 132 , orgânico ou inorgânico e animado ou inanimado.
A agressão da mucosa vai dar origem por um lado a uma estimulação
nervosa, que desencadeia reflexamente e através do eixo hipotálamo-
hipófise alterações da vascularização e hormonais, que provocam,
duma maneira geral, vasodilatação e hipersecreção glandular e por
outro lado, estimula a libertação local de mediadores da inflamação,
quer vaso-activos, quer quimiotácticos.
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Estes mediadores podem dividir-se em pré-formados — como a
histamina, heparina, quininogenase - e neo-formados - como os leucot-
rienos, prostaglandinas e tromboxano 133 .
0 efeito destes mediadores exerce-se, sobre os vasos no sentido da
dilatação e aumento da permeabilidade com formação de edema, sobre
as glândulas aumentando a secreção e directamente sobre a mucosa
lesionando-a.
Os efeitos quimiotácticos e de activação exercem-se especialmente
sobre os eosinófilos, monócitos, neutrófilos, plaquetas, linfócitos, mastóci-
tos e basófilos.
0 1 processo inflamatório é um fenómeno em cadeia com (1) uma
reacção imediata provocada pelos reflexos nervosos e mediadores pré-
formados, existentes especialmente nos mastócitos, seguindo-se-lhe (2)
uma reacção mais tardia, condicionada pela interacção das substâncias
libertadas pelas diversas células activadas, e, finalmente (3) uma fase
inflamatória de cronicidade induzida pela persistência da activação
celular e acções e interacções dos mediadores.