conceitos actuais do tratamento cirúrgico das sinusites crónicas

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3.4. DISCUSSÃO
Neste estudo utilizámos sempre o seio direito como testemunha.
Praticámos nos dois seios os mesmos actos com apenas a seguinte
diferença: no seio esquerdo encerrámos o óstio na primeira intervenção
e reabrimo-lo na segunda, no seio direito nunca interviemos sobre o
óstio. Isto permitiu-nos ter um termo de comparação perfeitamente
fiável, pois as condições foram absolutamente idênticas nos dois seios,
sendo a única diferença o encerramento do óstio do seio esquerdo.
Poderemos então concluir, com elevado grau de probabilidade, que
as diferenças encontradas nos dois seios são devidas apenas ao encer­
ramento do óstio.
O encerramento do óstio foi feito com cera de ossos na profundidade
do canal naso-frontal e, mais superficialmente, ao nível da entrada no
seio, com gordura e tecido fibroso. No entanto, em 2 cães, foi encerrado
apenas com osso e tecido fibroso. Na segunda intervenção verificou-se
que, em dois cães os óstios encerrados tinham repermeabilizado e que
os seios respectivos tinham aspecto normal. Estes casos foram elimina­
dos do estudo. Destes dois casos, num deles o óstio tinha sido encerrado
apenas com gordura e tecido fibroso.
Os exames radiográficos, em virtude das deficientes condições
técnicas e consequente dificuldade de interpretação, não nos forneceram
dados concretos.
Na 2- intervenção todos os seios, cujos óstios estavam encerrados,
apresentavam um exsudato mucoso espesso, viscoso, de coloração
variável do branco sujo ao amarelado e não purulento.
Microscopicamente a mucosa de todos eles apresentou lesões de
tipo inflamatório com infiltração de linfócitos, plasmócitos, polimor-