conceitos actuais do tratamento cirúrgico das sinusites crónicas

putorizada, que nos dá ensinamentos importantes sobre as alterações
da mucosa em áreas que não são visíveis endoscopicamente.
Foram assim especialmente estes dois meios - a endoscopia e a to­
mografia computorizada - que nos permitiram avançar na cirurgia dos
seios peri-nasais tornando-a mais anatómica, funcional e com menores
riscos.
A cirurgia dos seios peri-nasais por via intranasal já é antiga.
No entanto, em virtude da dificuldade de visualização, foi sempre
considerada uma cirurgia de difícil realização, perigosa e associada
muitas vezes a complicações graves.
Foi apenas com o desenvolvimento das técnicas de endoscopia
nasal a partir de 1978 por Messerklinger, Terrier e Wigand, que a
cirurgia endonasal dos seios peri-nasais se desenvolveu.
Na técnica da cirurgia funcional endoscópica, desenvolvida espe­
cialmente por Messerklinger 3 , Wigand 7 , Kennedy 10 e Stammberger 11 ,
utilizam-se telescópios fibro-ópticos rígidos para observação do campo
operatório.
Na prática desta técnica poderemos encontrar algumas dificuldades,
pois apenas teremos uma mão livre para realizar os actos cirúrgicos, e
além disto, o telescópio, sendo introduzido nas fossas nasais, ocupa
espaço num lugar já de si exíguo.
A utilização do microscópio que foi desenvolvida por Heermann 12 ,
Dixon 14 e Bagatella 15 , permite uma visão mais ampla do campo oper­
atório, dando-nos uma imagem conjunta da unidade ostio-meato-etm-
oidal e do globo ocular, o que é importante na orientação do cirurgião.
Por outro lado o especulo auto-estático, possibilita ter as duas
mãos livres para as manobras cirúrgicas necessárias.
Entre nós, Pais Clemente aplicou também o microscópio cirúrgico
à técnica da cirurgia endonasal tendo já apresentado 3 trabalhos sobre
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