conceitos actuais do tratamento cirúrgico das sinusites crónicas

INTRODUÇÃO
A cirurgia anti-inflamatória dos seios peri-nasais sofreu uma
mutação importante na última década.
De uma cirurgia radical, que não respeitava a fisiologia, nem as
estruturas anatómicas dos seios, passou para uma cirurgia funcional,
mais conservadora, e efectuada através das vias naturais.
Para este facto, muito concorreram o aparecimento de novos meios
técnicos de observação e estudo (microscópio, endoscópio e TAC), que
permitiram não só um melhor conhecimento da anatomia dos seios e
estruturas vizinhas, como também novos conceitos sobre a fisiopatolo-
gia das sinusites.
Como sabemos, excluindo as causas dentárias, praticamente todas
as sinusites têm origem a partir das fossas nasais e através dos óstios.
O conceito de considerar a área etmóide anterior-meato médio
(unidade óstio-meatal), como a responsável de muitos casos de doença
inflamatória dos seios, já há bastante tempo era aceite 1 .
Ora, embora a importância da patologia desta área, na fisiopatolo-
gia das sinusites fosse reconhecida, era uma zona de difícil visualização,
quer sob rinoscopia convencional, quer sob exame radiológico.
Por isso, só quando a partir dela havia envolvimento do seio
maxilar ou frontal, com aparecimento da sintomatologia clínica e
radiológica própria, é que o cirurgião tentava corrigir a patologia
secundária, sem ter em atenção a patologia primária do complexo óstio-
meatal.
O desenvolvimento do exame endoscópico devido especialmente a
Messerklinger 2 , na década setenta, veio permitir uma melhor obser­
vação das fossas nasais e seios peri-nasais e especialmente da área
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