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Revista Cena Internacional

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RELAÇÕES BRASIL ÁFRICA DO SUL:<br />

QUATRO DÉCADAS RUMO À AFIRMAÇÃO DE UMA PARCERIA DEMOCRÁTICA (1948-1998)<br />

Mário Vilalva & Irene Vida Gala<br />

59<br />

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○<br />

5 Os números atuais do comércio Brasil – África do Sul e Mercosul – África do Sul se encontram em<br />

anexo ao final do presente trabalho.<br />

6 O Governo brasileiro inaugurou, em 1999, um importante instrumento de cooperação política com o<br />

Governo sul-africano, com a realização da 1 ª Reunião de Consultas Bilaterais de Alto Nível. Em dezembro<br />

de 2000, foi assinado documento criando a Comissão Conjunta Brasil – África do Sul, que amplia o<br />

escopo e a densidade do diálogo diplomático entre autoridades dos dois países. .<br />

7 Em 1925 há estavam instalados consulados brasileiros em Joanesburgo e na Cidade do Cabo. O<br />

Consulado do Brasil na Cidade do Cabo foi criado pelo Decreto No. 12.996, de 24 de abril de 1918,<br />

transformado em Consulado de Primeira Classe pelo Decreto 16.368, de 13 de fevereiro de 1924, e<br />

elevado à categoria de Consulado Geral pelo Decreto No. 1.834, de 26 de julho 1937. Ver Vilalva,<br />

Mario. “A Política Externa da África do Sul: Do Isolamento à Conveniência. Reflexões sobre as Relações<br />

com o Brasil”. Tese apresentada ao Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco. 1993. Mimeo. p.<br />

172, nota 27.<br />

8 Até 1960, quando se torna uma República, a África do Sul era conhecida por União Sul-Africana.<br />

9 Ver Lessa, Antonio Carlos. “Israel e o mundo árabe no cruzamento das escolhas internacionais do<br />

Brasil”. In Santos, Norma Breda dos. (org.). Brasil e Israel: Diplomacia e Sociedades. Brasília: Editora<br />

Universidade de Brasília. p. 153.<br />

10 Saraiva, José Flávio Sombra. “O Lugar da África. A dimensão atlântica da política externa brasileira<br />

(de 1946 a nossos dias)”. 1996. Brasília: Editora Universidade de Brasília. p. 136.<br />

11 As imagens que o Brasil construiu, historicamente, para si e para seu povo, bem como sua identificação<br />

internacional fazem parte do discurso da Política Externa Brasileira (PEB). Em seu livro “O Lugar da<br />

África”, José Flávio Sombra Saraiva examina, desde 1950 até a década de 90, a evolução do discurso<br />

culturalista - de notável importância para as relações do Brasil com a África - impregnado daquilo que<br />

Saraiva considera a ilusão da africanidade brasileira. Nos anos 90, Saraiva afirma ter início o processo<br />

de “desconstrução do discurso culturalista” no Brasil e na PEB. Ver Saraiva, op.cit. pgs 23, 89 e segs,<br />

230 e segs, e 242 a 244.<br />

12 A agenda de visitas bilaterais entre altas autoridades do Brasil e da África do Sul é já bastante vasta no<br />

período pós-94, quando assume, em Pretória, o governo democrático de maioria negra. Em 1994, o<br />

Vice-Presidente Marco Maciel vai à posse do Presidente Nelson Mandela. Em novembro de 1996, o<br />

Presidente Fernando Henrique Cardoso faz visita oficial à África do Sul. Em 1998, o Presidente<br />

Nelson Mandela visita oficialmente o Brasil. Em 1999, o Vice-Presidente Marco Maciel vai à posse do<br />

Presidente Thabo Mbeki, que realiza sua visita oficial ao Brasil em dezembro de 2000. Houve também,<br />

nesse período, visitas de Chanceleres e Ministros de outras pastas.<br />

13 Discurso do Presidente Fernando Henrique Cardoso, no Itamaraty, no almoço de estado que ofereceu<br />

ao Presidente Thabo Mbeki, em 13/12/2000.<br />

14 Ver, por exemplo, as palavras de Abertura do Seminário Brasil-África do Sul, pelo Vice-Presidente da<br />

República, Sr. Marco Maciel. In “Brasil e África do Sul: Riscos e Oportunidades no Tumulto do<br />

Globalização”. Guimarães, Samuel Pinheiro (org). 1997. Brasília: Instituto de Pesquisa de Relações<br />

Internacionais. p. 13<br />

15 Aqui os autores não se prendem a preocupações metodológicas quanto à periodização dessas relações<br />

ou de suas fases. Optou-se por dividi-las mais ou menos conforme os mandatos presidenciais<br />

brasileiros.<br />

16 Nesse mesmo período, a África do Sul estabeleceu vínculos diplomáticos com a Áustria, Espanha,<br />

Portugal, Suiça e Argentina. Foram também reatadas as relações com a República Federal da Alemanha<br />

e a Itália, rompidas durante a II Guerra.

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