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Revista Cena Internacional

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RELAÇÕES BRASIL ÁFRICA DO SUL:<br />

QUATRO DÉCADAS RUMO À AFIRMAÇÃO DE UMA PARCERIA DEMOCRÁTICA (1948-1998)<br />

Mário Vilalva & Irene Vida Gala<br />

61<br />

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○<br />

sentido de aproximá-lo dos regimes brancos na África, por considerar mais vantajosas as trocas com<br />

a África do sul do que com o restante do continente.<br />

32 Sobre a comparação entre a PEI e o período do Pragmatismo Responsável, ver tese de doutoramento<br />

em História das Relações Internacionais (Departamento de História da UNB) de Luis Fernando Ligiéro,<br />

“Políticas Semelhantes em Momentos Diferentes: Exame e comparação entre a Política Externa<br />

Independente (1961-1964) e o Pragmatismo Responsável (1974-1979)”. 2000. Mimeo. pgs. 26 e segs.<br />

33 As instruções à delegação do Brasil à XVIII (1963) Sessão da AGNU, dispunham que: “a delegação do<br />

Brasil deverá refletir, com veemência, a completa repulsa nacional à ideologia racista do Governo sulafricano<br />

e o nosso engajamento no tocante a medidas tendentes à erradicação do segregacionismo. Em<br />

nenhum caso, o Brasil deverá desgastar-se em gestões diplomáticas visando à mitigação da compreensível<br />

revolta dos países africanos”. Ainda em 1963, ocupando vaga no Conselho de Segurança, o Brasil<br />

subscreveu também resolução que declarava a política portuguesa uma ameaça à paz e segurança na<br />

África. Todavia, os setores mais conservadores da sociedade brasileira, ainda vinculados a Portugal,<br />

não permitiram que a política independente para a África prosperasse. In Vilalva, M. op. cit. p. 58.<br />

34 Correspondência enviada pela Legação em Pretória, em outubro de 1963.<br />

35 Vide quadro anexo I<br />

36 É oportuno observar que, a despeito da disposição de angariar a amizade do grupo afro-asiático, em<br />

nenhum momento o Brasil aderiu ao Movimento dos Não-Alinhados, criado em Bandung, em 1957,<br />

nem mesmo durante o período da PEI.<br />

37 Saraiva, J.F.S, op.cit. p. 109 – 110.<br />

38 Nota verbal datada de 03.08.64.<br />

39 Correspondência enviada à Legação em Pretória em agosto de 1965.<br />

40 Na época, só havia legações brasileiras na Bulgária, na Hungria, na Romênia e na África do Sul. Por<br />

decreto presidencial, em 1974, foram todas elevadas à categoria de Embaixada.<br />

41 Ofício enviado pelo Chanceler brasileiro, em 09.11.65, ao Presidente da Comissão de Relações Exteriores<br />

do Senado Federal, com detalhada análise das relações políticas e econômicas com a África do Sul.<br />

42 Martins, Carlos Estevam. “A evolução da PEB na década de 64/74” in Estudos Cebrap, No. 12, abril/<br />

junho, 1975. pag. 56.<br />

43 Em ofício enviado à SERE, nº 214, em 17.10.66, a Legação em Pretória cita trechos do discurso<br />

pronunciado pelo Chanceler sul-africano, após viagem realizada à América do Sul, inclusive ao Brasil,<br />

perante o Parlamento de seu país, em que ele diz: “O que também me impressionou foi a atitude<br />

daqueles quatro países diante do comunismo: aí também eles falam a mesma língua e compartilham<br />

nossos sentimentos”. Respondendo a uma pergunta sobre uma “espécie de aliança com as nações do<br />

Atlântico Sul e do Hemisfério Sul que fosse especificamente anti-comunista”, o Ministro disse: “Posso<br />

assegurar que os nossos sentimentos a respeito dos comunistas são um fator positivo em nossas relações<br />

com os importantes países da América do Sul. (...) as relações pessoais que estabeleci durante minha<br />

visita com os governos mencionados são excelentes e estou certo que no futuro esta idéia de formar<br />

uma frente comum contra o comunismo pode ser explorada e trabalhada na prática”.<br />

44 Em carta-telegrama, nº 25, de 14.03.66, o novo Ministro Plenipotenciário do Brasil em Pretória informa<br />

que recebera “do Presidente da República a incumbência de incrementar o comércio do Brasil com a<br />

África do Sul. (...) fui instruído no sentido de (...) procurar aumentar as nossas exportações, finalidade<br />

precípua da atual política governamental brasileira”.<br />

45 Saraiva, J. F. S. op. cit. p. 126.<br />

46 Arquivos do Ministério das Relações Exteriores.

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