Projeto - Vamos dar Vida aos Livros - Lúcia Morgado - 2012.pdf
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Papel da Biblioteca Escolar na motivação e promoção da leitura: implementação do projeto<br />
“<strong>Vamos</strong> <strong>dar</strong> <strong>Vida</strong> <strong>aos</strong> LIVROS!” – 1º Ciclo<br />
162<br />
A revisão da bibliografia consultada, no sentido de fundamentar a realização<br />
desta investigação, permitiu-nos ter mais consciência de que a complexidade da<br />
sociedade e o progresso tecnológico impõem <strong>aos</strong> indivíduos o domínio de competências<br />
de literacia, para que possam usufruir da informação e transformá-la em conhecimento,<br />
pois estar excluído ou limitado no acesso ao conhecimento é o maior obstáculo ao<br />
desenvolvimento individual e coletivo. Neste âmbito, o domínio da competência da<br />
leitura, conceito polissémico e complexo, considerado pilar primordial da literacia, e a<br />
aquisição de hábitos de leitura são indispensáveis para o sucesso escolar e educativo,<br />
constituindo uma condição fundamental para a formação integral dos indivíduos, sendo<br />
fator de enriquecimento individual constante, despertando a imaginação e a<br />
sensibilidade, orientando a reflexão, cultivando a inteligência e permitindo o exercício<br />
pleno da cidadania.<br />
Tendo em conta a importância de que se reveste a leitura, e os desempenhos<br />
insatisfatórios que os alunos portugueses têm evidenciado em estudos internacionais<br />
relativamente à capacidade de leitura, implementaram-se, a nível nacional, medidas<br />
políticas de incentivo à promoção desta competência. Sendo a RBE e o PNL e a criação<br />
da figura/cargo do PB e do SABE, algumas das iniciativas mais significativas e<br />
determinantes. Os resultados destas medidas, conjugados com outras de apoio social e<br />
educativo, nomeadamente o dinamismo das bibliotecas escolares, são visíveis no PISA<br />
de 2009, que demonstra ter havido uma evolução bastante positiva ao nível das<br />
competências em literacia da leitura, aproximando Portugal da média europeia.<br />
No âmbito dos mediadores da leitura, a revisão bibliográfica sobre este tema<br />
mostrou-nos que a família e a escola são os agentes privilegiados. Sendo que a família<br />
deve constituir o primeiro estímulo à criação do gosto e de hábitos de leitura. No<br />
entanto, a realidade mostra-nos que nem todas as famílias assumem essa<br />
responsabilidade, ou por falta de sensibilidade/conhecimentos ou por falta de condições.<br />
Como tal, a escola terá um trabalho e uma responsabilidade ainda maior. Tem a<br />
complexa e, ao mesmo tempo, desafiadora função de formar leitores, desenvolvendo<br />
nos alunos a competência da leitura a nível da profundidade de compreensão e rapidez<br />
de processamento da informação recolhida, esbatendo o mais possível eventuais<br />
assimetrias originadas pelos diferentes contextos sociofamiliares. Tal como ficou<br />
demonstrado na parte teórica do nosso trabalho, há uma correlação direta entre a leitura<br />
e o aproveitamento escolar, uma vez que a leitura é uma competência transversal. Nesse<br />
sentido, todos os professores deviam ter essa consciência e assumirem-se como