Projeto - Vamos dar Vida aos Livros - Lúcia Morgado - 2012.pdf
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Na nossa perspetiva, é determinante que o mediador tenha consciência da<br />
importância da sua função e se assuma como um verdadeiro exemplo a seguir, pois não<br />
se pode transmitir o gosto pela leitura se não o sentirmos verdadeiramente e se nas<br />
nossas atitudes não transparecer a paixão e o fascínio pelos livros. Além disso, o<br />
mediador deve ser uma pessoa atenta, empática e detentora de conhecimentos e práticas<br />
que sejam do interesse das crianças/jovens com quem está envolvido. Assim, estará<br />
certamente a prepará-los para a permanente mudança, dotando-os de competências<br />
diversificadas para poderem responder <strong>aos</strong> permanentes desafios.<br />
Contudo, há também que ter consciência que nem sempre é fácil motivar para a<br />
leitura, pois as crianças do séc. XXI recebem muitos estímulos através da imagem, que<br />
requerem menos esforço que a leitura. A televisão, o computador, os videojogos são<br />
sérios concorrentes dos livros, mas como salienta Pennac (2001) “A toda a leitura<br />
preside, por mais inibida que seja, o prazer de ler, e, pela sua própria natureza – este<br />
prazer dos alquimistas – o prazer de ler não receia qualquer imagem, mesmo a da<br />
televisão e mesmo sob a forma de avalanches quotidianas.” (p. 41).<br />
Sobrino et al (2000) sublinham “O hábito de ler é adquirido pela criança que<br />
teve a sorte de encontrar um clima propício na família, ou teve a dita de «tropeçar» num<br />
professor ou em alguma outra pessoa que lhe contagiou o gosto, o vício e o hábito da<br />
leitura.” (p. 39). Urge que se verifique, cada vez menos, a situação apresentada. Neste<br />
contexto, o papel dos mediadores é determinante para que ocorra a mudança tão<br />
necessária e tão desejada.<br />
1.1. Papel da família no despertar do gosto pela leitura<br />
En un ambiente de lectura pueden crecer los lectores como los<br />
hongos en un ambiente de humedad.<br />
Xabier Docampo (2002, p. 52)<br />
Diversos autores, como Torres et al (2001) e Sim-Sim (2006) realçam que o<br />
vínculo afetivo da criança com a leitura é reforçado se a família tiver consciência da<br />
importância da mesma no desenvolvimento da criança. É fundamental que a família se<br />
associe a todo este processo e que veja o ato de ler como um investimento, um tempo de<br />
qualidade que tem reflexos no desenvolvimento pessoal e intelectual da criança.<br />
O Papel da Biblioteca Escolar na motivação e promoção da leitura: implementação do projeto<br />
“<strong>Vamos</strong> <strong>dar</strong> <strong>Vida</strong> <strong>aos</strong> LIVROS!” – 1º Ciclo<br />
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