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Projeto - Vamos dar Vida aos Livros - Lúcia Morgado - 2012.pdf

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Na sua recente investigação, Menezes (2010) menciona Dehant e Gille (1974),<br />

que referem que a leitura era considerada uma atividade mecânica e, aprender a ler,<br />

consistia em saber identificar as palavras corretamente, limitando-se a leitura ao ato de<br />

perceção dos sinais gráficos. Reis e Lopes (1990) apresentam a noção de leitura como<br />

“a operação que dá um sentido ao texto com o auxílio de um conjunto de conceitos que<br />

têm em conta aspetos como: o fundo sociocultural oculto, o inconsciente analítico, a<br />

estruturação do imaginário, as ressonâncias retóricas, entre outros. […] o leitor é, assim,<br />

coprodutor do texto, pois atribui-lhe efeitos de sentido” ( p. 212).<br />

Vicent Jouve (1993), com um trabalho significativo nesta área, define a leitura<br />

como “une activité complexe, plurielle, qui se developpe dans plusieurs directions” (p.<br />

9). O mesmo autor entende a leitura como um processo que envolve cinco dimensões:<br />

1) um processo neurofisiológico; 2) um processo cognitivo; 3) um processo afetivo; 4)<br />

um processo argumentativo e, (5) um processo simbólico.<br />

Sobrino et al (2000), cuja definição de leitura apresentámos anteriormente,<br />

refere ainda: “a leitura é uma das mais importantes atividades da pessoa humana que<br />

mais favorece o desenvolvimento da maturidade, da autonomia intelectual e de<br />

liberdade. […] a leitura é uma forma geral e permanente de se documentar, para além de<br />

ser uma forma de deleite e de interiorização de valores e princípios para a convivência<br />

social. […] Se ler é deleitar-se, também é instruir-se; por isso, ler é instruir-se com<br />

prazer.” (pp. 31-38). Esta é, sem dúvida, uma definição com a qual estamos plenamente<br />

de acordo.<br />

Daniel Pennac (1993), na sua obra de referência - Como um Romance – em que<br />

aborda de forma muito interessante e peculiar a leitura, nomeadamente os direitos do<br />

leitor, apresenta-nos a leitura como uma grande viagem intelectual e como um ato de<br />

grande emoção. De acordo ainda com Alliende e Condemarin (2005, p. 3) “A leitura é<br />

fundamentalmente, o processo de compreender o significado da linguagem escrita”.<br />

Para Poslaniec (2006, p. 9), “Ler é um ato individual que escapa a qualquer<br />

generalização […] Criar sentido a partir de um texto não consiste apenas em<br />

descodificá-lo e é por isso que saber ler não basta para ter prazer de ler”. Por seu lado,<br />

Inês Sim-Sim (2006), investigadora na área da aprendizagem e ensino da leitura,<br />

propõe-nos uma definição que não se afasta muito das anteriores, pois esta autora<br />

considera a leitura como um “um ato complexo, simultaneamente linguístico, cognitivo,<br />

social e afetivo” (p. 8).<br />

O Papel da Biblioteca Escolar na motivação e promoção da leitura: implementação do projeto<br />

“<strong>Vamos</strong> <strong>dar</strong> <strong>Vida</strong> <strong>aos</strong> LIVROS!” – 1º Ciclo<br />

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