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Projeto - Vamos dar Vida aos Livros - Lúcia Morgado - 2012.pdf

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e de Portugal, em particular. Este relatório, datado de novembro de 2009, pode<br />

considerar-se bastante atual, muito pertinente e muito útil, dado que além de apresentar<br />

uma perspetiva não técnica do modo como os economistas encaram a literacia, analisa<br />

os dados existentes sobre os níveis de escolarização, a qualidade da população ativa e o<br />

valor económico da literacia em Portugal. Além disso, também analisa as opções<br />

políticas tendentes a assegurar que a oferta de competências de literacia corresponda <strong>aos</strong><br />

níveis esperados de procura de competências. Da análise apresentada neste relatório,<br />

emergem cinco conclusões crucialmente importantes para o país:<br />

• Em primeiro lugar, existem grandes diferenças entre os níveis e a distribuição<br />

das competências de literacia tanto no interior dos países como entre eles.<br />

Portugal apresenta os níveis mais baixos de competências de literacia de entre<br />

todos os países onde se realizaram inquéritos até à data;<br />

• Em segundo lugar, na maioria dos países, as diferenças entre os valores médios<br />

de literacia são importantes no plano individual uma vez que valores mais<br />

elevados traduzem-se em melhor acesso à educação, emprego mais estável,<br />

melhores salários, melhor saúde e em níveis mais elevados de participação<br />

social. A este respeito, Portugal é atípico, porque os valores de literacia têm<br />

pouco impacto no sucesso individual no mercado de trabalho, salvo ao nível<br />

mais elevado de literacia – um fenómeno que se presume decorrer do baixo nível<br />

geral de competências de literacia e da baixa intensidade em literacia da maioria<br />

dos empregos no país;<br />

• Em terceiro lugar, os ambientes pobres em literacia influenciam de forma<br />

adversa o desempenho das instituições sociais e económicas, designadamente as<br />

escolas, as organizações da comunidade e as empresas;<br />

• Em quarto lugar, a literacia é importante à escala macroeconómica. As<br />

diferenças nos valores de literacia apurados nas populações dos países da OCDE<br />

explicam cabalmente quase 55 por cento de diferenças na taxa de crescimento a<br />

longo prazo do PIB nacional per capita. A existência de uma elevada proporção<br />

de adultos com baixos níveis de literacia inibe, pois, o crescimento económico a<br />

longo prazo. Numa outra análise encomendada pelo Ministério da Educação<br />

Português (Coulombe e Tremblay, 2009), a diferença de competências de<br />

literacia dos recém-chegados ao mercado de trabalho português, relativamente<br />

<strong>aos</strong> restantes 14 países da OCDE, corresponde a 47,5 por cento da diferença<br />

existente no crescimento efetivo do PIB per capita entre Portugal e a média dos<br />

países da OCDE. A restante parte da diferença do PIB per capita entre Portugal<br />

e a média dos países da OCDE é explicada pelo défice relativo de capital físico,<br />

pela baixa taxa de emprego e pelo atraso tecnológico;<br />

• Por último, melhores níveis nos valores de literacia da população adulta,<br />

deverá render benefícios económicos e sociais significativos a Portugal, mas a<br />

sua obtenção dependerá do êxito da aplicação de medidas ativas para estimular a<br />

procura de literacia na economia e na sociedade. (GEPE, 2009, pp. 9-10)<br />

O Papel da Biblioteca Escolar na motivação e promoção da leitura: implementação do projeto<br />

“<strong>Vamos</strong> <strong>dar</strong> <strong>Vida</strong> <strong>aos</strong> LIVROS!” – 1º Ciclo<br />

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