Projeto - Vamos dar Vida aos Livros - Lúcia Morgado - 2012.pdf
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potencialidades e a participar ativamente na sociedade” (GAVE, 2001). Os estudantes<br />
foram avaliados quanto à capacidade para extrair e recuperar determinada informação,<br />
para interpretar aquilo que liam e para refletir sobre e/ou avaliar o conteúdo e formato<br />
do texto, com base nos seus conhecimentos. A cada um destes aspetos da literacia de<br />
leitura correspondia uma classificação baseada na dificuldade das tarefas que<br />
conseguiram realizar com sucesso. Uma classificação global resumia um desempenho<br />
global na leitura. Com base na classificação obtida, a cada aluno foi atribuído um de<br />
cinco níveis, sendo que o nível 5 correspondia ao mais elevado.<br />
Os resultados revelaram que, no nível 5, situaram-se apenas 4% dos estudantes<br />
portugueses. Em contrapartida, a média no espaço da OCDE foi de 9%. No nível 4<br />
tivemos 17%, contra uma média de 22%. O nível 3 foi atribuído a 27% em comparação<br />
com 29%. No nível 2 o contraste foi entre 25% e 22% respetivamente. Finalmente, no<br />
nível 1, situaram-se 17% dos nossos alunos, contra a média de 12% no espaço da<br />
OCDE. É de realçar a situação mais preocupante que corresponde à dos alunos que não<br />
atingiram sequer o primeiro nível de literacia, sendo de 8,3 % em Portugal, em contraste<br />
com a média de 6% nos alunos no espaço da OCDE.<br />
Em suma, esta primeira avaliação revelou que, comparativamente à média no<br />
espaço da OCDE, Portugal obteve uma percentagem muito elevada de alunos com<br />
níveis muito baixos de literacia - 49,7% (com níveis de literacia iguais ou inferiores a<br />
2), sendo esta de 40% no espaço da OCDE. Os resultados também evidenciaram que<br />
cerca de 60% dos jovens no espaço da OCDE foram bem-sucedidos na realização das<br />
tarefas correspondentes <strong>aos</strong> níveis 3, 4 ou 5. Todavia, esta percentagem variou muito de<br />
país para país. Em Portugal, no Brasil, na Grécia, na Letónia, no Luxemburgo, no<br />
México e na Federação Russa esta percentagem não atingiu os 50%.<br />
No estudo PISA 2003 (GAVE, 2004), a área da literacia matemática constituiu o<br />
principal campo de avaliação, pelo que as áreas de leitura e de ciências tiveram um<br />
tempo de avaliação menor. No entanto, e no que respeita às questões relativas à<br />
avaliação da literacia em contexto de leitura, tal como já acontecera em 2000, o<br />
desempenho médio dos alunos portugueses, por comparação com os resultados médios<br />
dos alunos dos países da OCDE, situam-se abaixo da média da OCDE e muito<br />
distanciados dos valores dos países que obtiveram melhores classificações médias.<br />
Portugal continuou a ter uma percentagem demasiadamente elevada de alunos nos<br />
níveis inferiores ao nível 3, (embora ligeiramente melhor do que em 2000): 48% dos<br />
O Papel da Biblioteca Escolar na motivação e promoção da leitura: implementação do projeto<br />
“<strong>Vamos</strong> <strong>dar</strong> <strong>Vida</strong> <strong>aos</strong> LIVROS!” – 1º Ciclo<br />
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