Projeto - Vamos dar Vida aos Livros - Lúcia Morgado - 2012.pdf
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disponibilização de materiais diversos e na articulação com a Escola. Em suma, a<br />
promoção da leitura em família e a interação Escola-família são os objetivos principais<br />
destas iniciativas do PNL.<br />
Muitas são as orientações fornecidas em várias obras nacionais e internacionais,<br />
às famílias e mediadores em geral, no sentido de desempenharem eficazmente o seu<br />
papel como mediadores de leitura. Uma das estratégias mais sublinhadas é a oferta de<br />
livros adequados ao nível etário das crianças, logo a partir da idade de seis meses,<br />
quando as crianças aumentam a sua capacidade de manipulação de objetos. Como a<br />
criança não tem capacidade de leitura autónoma, os familiares deverão assumir o papel<br />
de contadores de histórias, utilizando gesticulação e teatralização adequadas, falando de<br />
modo a que a criança vá entendendo a palavra e o seu sentido, observando-a com<br />
atenção para inferir as sensações e os sentimentos que a narrativa lhe provoca. Para<br />
além disso, atualmente, pais e professores têm ao seu dispor suportes diversificados e<br />
atrativos, que podem e devem aju<strong>dar</strong> nesta epopeia de criar o gosto e o hábito de ler.<br />
É certo que o livro impresso foi, durante muitos anos, a única via de transmissão<br />
de saberes. O livro é também um objeto impregnado de valor afetivo, quer pelo toque,<br />
pelo cheiro das suas páginas, pela sua perenidade que urge preservar. Mas,<br />
simultaneamente, há que acompanhar o desenvolvimento e ensinar os alunos a saberem<br />
aproveitar as potencialidades que as TIC proporcionam, pois só assim poderão<br />
enfrentar, com sucesso, os desafios da sociedade atual.<br />
Os professores e os pais, interessados em promover o gosto pela leitura, têm<br />
tudo a ganhar se tomarem conhecimento das preferências dos seus alunos/filhos. Saber<br />
do que gostam e do que não gostam significa compreendê-los melhor. Neste âmbito,<br />
destacamos a obra de Daniel Pennac (2001), Como um Romance, pois, na nossa<br />
perspetiva, constitui um manancial de sugestões para todos aqueles que pretendem<br />
seduzir as crianças e os jovens para a magia da leitura. O autor, utilizando uma<br />
linguagem e estilo muito peculiares, remete-nos para uma reflexão profunda, e mais<br />
importante ainda, leva-nos a que na nossa ação tenhamos vontade de ter em conta os<br />
seus princípios. Um dos pontos mais abordados em vários tipos de situações,<br />
nomeadamente em ações promovidas pelas BE, são os Direitos Inalienáveis do Leitor,<br />
os quais já referenciámos no capítulo anterior.<br />
Também Sobrino et al (2000), no livro A criança e o livro: A aventura de ler, no<br />
capítulo 6, intitulado “Algumas fórmulas para detestar a leitura”, tem, quanto a nós,<br />
O Papel da Biblioteca Escolar na motivação e promoção da leitura: implementação do projeto<br />
“<strong>Vamos</strong> <strong>dar</strong> <strong>Vida</strong> <strong>aos</strong> LIVROS!” – 1º Ciclo<br />
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