avaliação de tecnologias avançadas para o reúso de água em ...
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2.3.3.4. Tratamento <strong>de</strong> efluentes<br />
Estudos realizados por CAMARGO (2004) <strong>em</strong> efluentes sanitários provindos<br />
<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> lodos ativados por aeração prolongada, apresentaram dosagens <strong>de</strong><br />
2,0, 2,5 e 3,0 mg ClO 2 /L que levaram a 100% da r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> coliformes fecais <strong>em</strong><br />
t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> 20, 15 e 10 minutos respectivamente aten<strong>de</strong>ndo as normativas vigentes<br />
<strong>para</strong> coliformes. A pesquisa utilizou tanque <strong>de</strong> contato com fluxo pistão <strong>de</strong> 11,00m 3<br />
com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta <strong>em</strong> seis pontos, proporcionando t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> contato<br />
variando <strong>de</strong> 5 a 30 minutos. No entanto, <strong>para</strong> os parâmetros físico-químicos<br />
analisados no trabalho (pH, cor e DQO), as doses <strong>de</strong> 2,5 e 3,0 mg ClO 2 /L <strong>de</strong>ixaram<br />
o pH abaixo da faixa entre 6 e 9 conforme <strong>de</strong>termina a norma NBR 13.969 da ABNT<br />
(1997). Estas mesmas concentrações também ultrapassaram o limite <strong>de</strong> 0,8 mg<br />
ClO 2 /L <strong>para</strong> dióxido <strong>de</strong> cloro residual conforme normas ditadas pela US EPA (1994).<br />
Conseqüent<strong>em</strong>ente, a dosag<strong>em</strong> <strong>de</strong> ClO 2 mais a<strong>de</strong>quada <strong>para</strong> atingir 100% <strong>de</strong><br />
r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> coliformes fecais do esgoto consi<strong>de</strong>rado foi 2,0 mg ClO 2 /L, dado que<br />
aten<strong>de</strong>u o valor permitido pela EPA <strong>de</strong> ClO 2 residual e os padrões bacteriológicos e<br />
<strong>de</strong> pH da normativa da ABNT (CAMARGO, 2004). Deve-se observar que estes<br />
resultados são consistentes com os obtidos por JUNLI et al. (1997), que<br />
evi<strong>de</strong>nciaram uma r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> coliformes fecais <strong>de</strong> 99,9% num t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contato <strong>de</strong><br />
20 minutos utilizando uma concentração <strong>de</strong> ClO 2 <strong>de</strong> 2,0 mg/L.<br />
Para o caso do estudo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção realizado por RIBEIRO (2001) <strong>em</strong><br />
efluentes sanitários provenientes <strong>de</strong> lagoas <strong>de</strong> estabilização, este precisou <strong>de</strong> uma<br />
dose <strong>de</strong> 6,46 mg ClO 2 /L e um t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contato <strong>de</strong> 10 minutos <strong>para</strong> atingir a mesma<br />
r<strong>em</strong>oção. Esta dose superior foi <strong>de</strong>vido ao esgoto <strong>de</strong>sinfetado proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> lagoas <strong>de</strong><br />
estabilização e, conseqüent<strong>em</strong>ente, possuir um teor relativamente alto <strong>de</strong> sólidos<br />
suspensos que elevam o consumo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfetante.<br />
Para o presente trabalho a tendência é que os valores das doses <strong>de</strong> ClO 2<br />
estejam mais próximos do estudo <strong>de</strong> Ribeiro que ao <strong>de</strong> Camargo, uma vez que o<br />
efluente <strong>em</strong> estudo provém <strong>de</strong> duas lagoas aeradas <strong>em</strong> série e uma lagoa <strong>de</strong><br />
polimento e que a finalida<strong>de</strong> principal da tecnologia será a oxidação do efluente,<br />
reduzindo parâmetros como DQO, DBO 5 , COT, SST, cor e turbi<strong>de</strong>z <strong>para</strong> reúso<br />
interno, sendo a <strong>de</strong>sinfecção uma conseqüência positiva já prevista e necessária do<br />
tratamento.