avaliação de tecnologias avançadas para o reúso de água em ...
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1979). Segundo METCALF & EDDY (2003), <strong>para</strong> se ter neutralização a<strong>de</strong>quada das<br />
cargas negativas, o polieletrólito catiônico <strong>de</strong>ve ser adsorvido pela partícula, o que<br />
acontecerá somente se a intensida<strong>de</strong> da mistura for suficiente <strong>para</strong> que os polímeros<br />
sejam adsorvidos pelas partículas coloidais.<br />
Os polieletrólitos aniônicos e não iônicos, apresentam gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
floculação, mas não gozam das características favoráveis <strong>de</strong> carga dos catiônicos<br />
(AZEVEDO NETTO, et al., 1979). Estes polieletrólitos, segundo Metcalf & Eddy<br />
(2003), são bons floculadores, pois são capazes <strong>de</strong> formar pontes <strong>de</strong> polímeros. A<br />
ponte ocorre através da adsorção do polieletrólito na partícula por mistura rápida. A<br />
partícula já com a ponte <strong>de</strong> polímero se <strong>em</strong>aranha com outras partículas durante o<br />
processo <strong>de</strong> floculação até atingir tamanho e peso suficientes <strong>para</strong> r<strong>em</strong>oção por<br />
sedimentação. Quando utilizados polieletrólitos catiônicos <strong>de</strong> elevado peso<br />
molecular também é possível promover a formação <strong>de</strong> pontes <strong>de</strong> polímeros pela<br />
redução das cargas superficiais da partícula (METCALF & EDDY, 2003).<br />
No Quadro 2.61 é possível visualizar um processo inicial <strong>de</strong> escolha <strong>de</strong> um<br />
coagulante e um auxiliar <strong>de</strong> coagulação baseado <strong>em</strong> água bruta com níveis variados<br />
<strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z e alcalinida<strong>de</strong>. Água que possui alta turbi<strong>de</strong>z com alta alcalinida<strong>de</strong><br />
possui fácil tratamento, possuindo facilida<strong>de</strong> na formação do floco. Água com alta<br />
turbi<strong>de</strong>z e baixa alcalinida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ter sua alcalinida<strong>de</strong> aumentada adicionando cal e<br />
assim otimizando a coagulação. Já água com baixa turbi<strong>de</strong>z e alcalinida<strong>de</strong> é <strong>de</strong><br />
difícil tratamento, necessitando <strong>de</strong> correção da alcalinida<strong>de</strong> com cal e altas doses <strong>de</strong><br />
polieletrólitos com alto peso molecular (KIELY, 1996).<br />
O uso <strong>de</strong> polieletrólitos, mesmo que <strong>em</strong> pequenas dosagens, traz gran<strong>de</strong>s<br />
vantagens técnicas, tais como: (1) a redução significativa do consumo <strong>de</strong><br />
coagulantes, (2) a melhoria na <strong>de</strong>cantação e filtração, (3) redução no volume do lodo<br />
nos <strong>de</strong>cantadores, (4) redução no t<strong>em</strong>po da <strong>de</strong>cantação, (5) a não interferência no<br />
pH, reduzindo ou mesmo eliminando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compostos alcalinos e (6) a<br />
não contribuição no aumento <strong>de</strong> sólidos totais dissolvidos, como ocorre com<br />
coagulantes tradicionais (AZEVEDO NETTO, et al., 1979).<br />
A escolha do tipo e da dosag<strong>em</strong> dos polieletrólitos, via <strong>de</strong> regra, é feita por<br />
tentativa, apoiado por ensaios <strong>de</strong> laboratório. As dosagens típicas situam-se na faixa<br />
<strong>de</strong> 0,10 a 0,25 mg/L, <strong>em</strong> solução <strong>de</strong> 0,2 a 2,0% (MANCUSO e SANTOS, 2003).