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DIVERGÊNCIAS DE TRANSITIVIDADE EM TRADUÇÕES E VERSÕES:<br />

ELAS REALMENTE EXISTEM? / Marília Gomes TEIXEIRA (<strong>UFPE</strong>/CNPq)<br />

Este modelo de gramática, que surgiu num momento específico<br />

da antiguidade, perdura até hoje e não apresentou grandes mudanças<br />

no que tange aos seus conceitos. A permanência e imobilidade da<br />

Gramática Tradicional levou – e ainda tem levado – muitos linguistas a<br />

questionar tais abordagens. Em que pese ser considerada ultrapassada,<br />

esse tipo de gramática ao menos contribui para que entendamos a<br />

maneira pela qual a língua tem sido abordada desde a antiguidade até<br />

então e, sobretudo, como tem sido ensinada.<br />

Devido a tais fatos, o conceito de transitividade sob a perspectiva<br />

da gramática tradicional, há muito vem sendo posto em questão, tendo<br />

em vista sua abordagem prescritiva da língua. Pode-se constatar que a<br />

concepção de transitividade verbal nas gramáticas tradicionais leva em<br />

conta critérios semânticos e formais. Celso Luft (2002, p. 87) afirma<br />

que um verbo transitivo é aquele que “necessita de um objeto que<br />

lhe complemente o sentido” (p. 59) e o verbo intransitivo seria o que<br />

possui uma predicação completa, não necessitando de complemento.<br />

O fato de classificar os verbos em transitivos e intransitivos diz respeito<br />

à completude dos mesmos, seguindo, pois, um fator semântico. E<br />

defini-los em transitivos direito e indireto revela um caráter formal,<br />

pois concerne à presença ou não de uma preposição.<br />

Trask, em seu Dicionário de Linguística e Linguagem, conceitua<br />

o termo como “a maneira pela qual o verbo se relaciona com os<br />

sintagmas nominais numa mesma oração” (p. 299). Entretanto, o autor<br />

chega a assinalar, ainda que brevemente, a noção de transitividade<br />

funcionalista, afirmando que o termo é entendido como denotando o<br />

tipo de atividade ou processo expresso por uma sentença, o número<br />

de participantes envolvidos e a maneira como estão envolvidos.<br />

Em relação aos verbos, existem algumas divergências. Cunha e<br />

Cintra (2001, p. 94) dividem os verbos em transitivo direto, indireto<br />

e direto e indireto, enquanto Ali (1964, p. 62) sugere que não há os<br />

Anais Eletrônicos - 2011 l 251

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