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As imagens também possuem uma estrutura sintática que
depende da relação espacial entre os elementos representados. Nas
representações narrativas, por exemplo, os participantes funcionam
como os executores de eventos e as ações são desempenhadas por
vetores. De acordo com o tipo de vetor e número de participantes, é
possível identificar alguns processos narrativos, a saber: ação, reação,
processo verbal e processo mental.
No processo de ação, o participante ator é o participante no
qual parte o vetor, geralmente é o mais saliente na imagem. Quando
há apenas um participante, temos uma estrutura não transacional.
Se houver dois ou mais participantes, há uma estrutura transacional
cuja meta representa o participante a quem o vetor se dirige como, por
exemplo, o leitor, no caso em que a imagem apresente um participante
representando olhando para nós. Há também a estrutura bidirecional
na qual os participantes intercambiam os papéis de ator e meta.
A ação desempenhada no processo reacional tem como ponto
de partida um olhar rumo a alguém ou algo. Os participantes são
classificados como reator (aquele que olha) e fenômeno (objeto do olhar).
As reações também podem ser transacionais (identifica-se o alvo do
olhar) e não transacionais (não há identificação do alvo).
Por último, temos os processos verbais e os mentais que podem
ser encontrados em balões que denotam fatos e pensamentos. Os
participantes são animados (dizente e experenciador – no caso dos
processos mentais), o enunciado define-se pelo o que é falado e fenômeno
o que é pensado.
Nas representações conceituais, em contrapartida, a presença de
vetores não é motivada e os participantes não executam ações. Ocorrem
em processos classificacionais, analíticos ou simbólicos, como podemos
observar na figura a seguir, que resume os principais tipos de estruturas
representacionais visuais:
298 l Anais Eletrônicos - 2011