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DIVERGÊNCIAS DE TRANSITIVIDADE EM TRADUÇÕES E VERSÕES:<br />

ELAS REALMENTE EXISTEM? / Marília Gomes TEIXEIRA (<strong>UFPE</strong>/CNPq)<br />

mesmo significado). Isto ocorre porque tal abordagem leva em<br />

consideração apenas a estrutura da oração, tomando o verbo como<br />

elemento fundamental, o que acarreta uma avaliação que em muito<br />

é influenciada pela raiz e etimologia da língua.<br />

Por outro lado, o funcionalismo norte-americano parte do<br />

princípio do grau de transitividade, não incorrendo em classificações,<br />

mas sim em gradações. Para os casos analisados, podemos perceber que,<br />

apesar de expressas em idiomas diferentes, as orações que possuem o<br />

mesmo significado (que evidenciam a mesma mensagem) apresentam<br />

o mesmo grau de transitividade em ambas as línguas. Ou seja, já que<br />

o Funcionalismo define a transitividade como uma característica de<br />

uma oração por inteiro, e não apenas como uma característica do<br />

verbo, expressões corretamente traduzidas ou vertidas implicarão,<br />

necessariamente, em mesmo grau de transitividade.<br />

Torna-se coerente, desta forma, considerar que somente o fato<br />

de as línguas serem distintas não deveria implicar em diferença entre as<br />

transitividades das orações que denotam o mesmo sentido. Sob nosso<br />

ponto de vista, o funcionalismo aborda a transitividade de maneira<br />

mais completa, pois toma como relevante outros aspectos da oração<br />

(características do sujeito e polaridade da oração, por exemplo),<br />

não priorizados ou mesmo ignorados pela gramática tradicional,<br />

permitindo a universalização do conceito de transitividade.<br />

Deste modo, ponderamos que, em termos estruturais da língua,<br />

as divergências não deveriam interferir na classificação ou gradação da<br />

transitividade das orações, haja vista que, em última análise, está-se<br />

“dizendo a mesma coisa”.<br />

A maneira impositiva pela qual a gramática tradicional discorre<br />

sobre o tema, por vezes dificulta o aprendizado, tornando os conceitos<br />

confusos e mnemônicos; enquanto a abordagem funcionalista<br />

Anais Eletrônicos - 2011 l 265

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