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40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

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sileiro, basea<strong>do</strong> <strong>na</strong> importação de k<strong>no</strong>w-how, havia<br />

deixa<strong>do</strong> como herança a falta de tradição <strong>da</strong>s empresas<br />

<strong>no</strong> desenvolvimento de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias; além<br />

disso, a instabili<strong>da</strong>de política somava-se à i<strong>na</strong>dequação<br />

<strong>do</strong>s mecanismos institucio<strong>na</strong>is capazes de promover<br />

o estímulo e a mediação <strong>da</strong>s relações entre<br />

universi<strong>da</strong>des e empresas. A despeito disso, o <strong>Brasil</strong><br />

orgulhava-se <strong>na</strong> época de sua condição de potência.<br />

E, após a conquista <strong>da</strong> Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> México<br />

de 1970, esse sentimento, dissemi<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-se pelas<br />

cama<strong>da</strong>s populares, tomaria ares ver<strong>da</strong>deiramente<br />

ufanistas.<br />

Também <strong>no</strong> campo <strong>da</strong> astronáutica, o <strong>Brasil</strong> <strong>da</strong><br />

época tinha o que comemorar: a criação, em 1971,<br />

<strong>do</strong> Instituto Nacio<strong>na</strong>l de Pesquisas Espaciais (Inpe),<br />

em São José <strong>do</strong>s Campos, SP, com o propósito de<br />

formar recursos hum<strong>a<strong>no</strong>s</strong> altamente qualifica<strong>do</strong>s<br />

<strong>na</strong>s áreas de sua atuação. No mesmo a<strong>no</strong>, foi cria<strong>do</strong><br />

o Centro de Lançamento de Foguetes <strong>da</strong> Barreira <strong>do</strong><br />

Infer<strong>no</strong> (CLBI), em Natal, RN, resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> expansão<br />

<strong>do</strong> Centro Técnico Aeroespacial (CTA).<br />

O I Pla<strong>no</strong> Básico de Desenvolvimento Científico<br />

e Tec<strong>no</strong>lógico (I PBDCT), 1972-1974, desenvolvi<strong>do</strong><br />

com base em uma ação conjunta entre o Ministério<br />

<strong>do</strong> Planejamento e o CNPq, previa um reforço <strong>da</strong> área<br />

tec<strong>no</strong>lógica, por meio de uma estratégia de descentralização.<br />

A criação de sistemas setoriais e estaduais<br />

e o maior entrosamento com o sistema produtivo<br />

priva<strong>do</strong> demonstravam o prima<strong>do</strong> <strong>do</strong> racio<strong>na</strong>lismo<br />

administrativo <strong>na</strong> área de ciência e tec<strong>no</strong>logia.<br />

A revolução tec<strong>no</strong>lógica, principalmente <strong>na</strong>s últimas<br />

déca<strong>da</strong>s, repercute profun<strong>da</strong>mente sobre o desenvolvimento<br />

industrial e o comércio inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, passan<strong>do</strong><br />

o crescimento econômico a ser ca<strong>da</strong> vez mais<br />

determi<strong>na</strong><strong>do</strong> pelo progresso tec<strong>no</strong>lógico. Isso altera as<br />

vantagens comparativas entre os países, em diferentes<br />

setores, pelas reduções drásticas em custos de transportes,<br />

pelo uso de sucedâneos sintéticos e outras<br />

alterações <strong>na</strong> estrutura de custos. (I PND apud SALLES<br />

FILHO, 2002, p. <strong>40</strong>0).<br />

Uma conseqüência <strong>do</strong> I PBDCT foi a criação, em<br />

1972, <strong>da</strong> Secretaria de Tec<strong>no</strong>logia Industrial (STI), 8 <strong>no</strong><br />

Ministério <strong>da</strong> Indústria e Comércio (MIC), que tinha<br />

entre suas atribuições fi<strong>na</strong>nciar o desenvolvimento<br />

tec<strong>no</strong>lógico de empresas públicas e priva<strong>da</strong>s e o desenvolvimento<br />

de tec<strong>no</strong>logias específicas. Logo depois<br />

foi fun<strong>da</strong><strong>do</strong> o Instituto Nacio<strong>na</strong>l de Proprie<strong>da</strong>de<br />

Industrial (INPI), que pretendia regular a transferência<br />

de tec<strong>no</strong>logia.<br />

Essas ações gover<strong>na</strong>mentais, que serviam de estímulos<br />

ao desenvolvimento, funcio<strong>na</strong>vam como<br />

mecanismos multiplica<strong>do</strong>res de iniciativas em prol<br />

<strong>da</strong> interação entre o saber e o fazer. Depois de institucio<strong>na</strong>liza<strong>do</strong><br />

o referi<strong>do</strong> pla<strong>no</strong>, o presidente Médici<br />

ampliou o processo de estatização, acrescentan<strong>do</strong> às<br />

46 empresas instituí<strong>da</strong>s desde 1964 mais 74, entre as<br />

quais a Telecomunicações <strong>Brasil</strong>eiras S.A. (Telebrás),<br />

em 1972. Em segui<strong>da</strong>, veio mais um empreendimento<br />

estatal de sucesso, a Empresa <strong>Brasil</strong>eira de Pesquisa<br />

Agropecuária (Embrapa), 9 vincula<strong>da</strong> ao Ministério<br />

<strong>da</strong> Agricultura.<br />

90. Pesquisa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Empresa<br />

<strong>Brasil</strong>eira de Pesquisa<br />

Agropecuária (Embrapa)<br />

Fotografia, 1974<br />

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