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40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

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nico Francisco Montojos, como delega<strong>do</strong> <strong>do</strong> gover<strong>no</strong><br />

Vargas, e Oscar Saraiva, como representante <strong>do</strong>s<br />

emprega<strong>do</strong>res brasileiros. Durante o evento, foram<br />

recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s diretrizes que, logo absorvi<strong>da</strong>s pela<br />

legislação brasileira, previam a coorde<strong>na</strong>ção <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des<br />

num programa <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, conduzi<strong>do</strong> mediante<br />

a colaboração entre o gover<strong>no</strong> e as enti<strong>da</strong>des de<br />

classe de emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res.<br />

Embora determi<strong>na</strong>sse que os Esta<strong>do</strong>s <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is<br />

devessem prover escolas em número suficiente e localização<br />

adequa<strong>da</strong> para satisfazer às necessi<strong>da</strong>des<br />

econômicas, a Recomen<strong>da</strong>ção 57 <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> conferência<br />

fazia uma ressalva:<br />

<strong>no</strong>s países que não dispõem de um número suficiente<br />

de escolas profissio<strong>na</strong>is e técnicas seria conveniente<br />

que as empresas, cuja importância o permita, assumam<br />

os gastos de formação de um certo número de trabalha<strong>do</strong>res<br />

jovens, em relação ao total de trabalha<strong>do</strong>res<br />

emprega<strong>do</strong>s <strong>na</strong> empresa (apud PRONKO, 2003, p. 48).<br />

No a<strong>no</strong> seguinte, a despeito <strong>da</strong>s críticas feitas anteriormente<br />

ao teor <strong>do</strong> Decreto-lei nº. 1.238, Roberto<br />

Simonsen, em <strong>do</strong>cumento encaminha<strong>do</strong> à comissão<br />

interministerial forma<strong>da</strong> para regulamentar o referi<strong>do</strong><br />

instrumento legal, afirmava:<br />

nenhuma objeção maior apresenta a indústria de São<br />

Paulo que tem ple<strong>na</strong> consciência <strong>do</strong> <strong>no</strong>vo e pesa<strong>do</strong><br />

ônus com que virá a ser sobrecarrega<strong>da</strong>. Isto ela salienta,<br />

não para mostrar os sacrifícios que faz e esperar vantagens<br />

compensatórias, mas para que o lúci<strong>do</strong> espírito<br />

de V. Exa. possa aquilatar de quanto é capaz a indústria<br />

de São Paulo sempre que se trate <strong>do</strong>s ver<strong>da</strong>deiros interesses<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, como é o caso <strong>do</strong> aperfeiçoamento<br />

<strong>da</strong> mão-de-obra entre nós (SIMONSEN, 19<strong>40</strong>).<br />

Outra comissão interministerial foi forma<strong>da</strong> para<br />

realizar uma pesquisa de opiniões, por meio <strong>da</strong> aplicação<br />

de questionários. Os industriais reivindicavam<br />

a participação <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>no</strong> custeio<br />

<strong>do</strong>s cursos profissio<strong>na</strong>is; os operários defendiam<br />

a extensão <strong>do</strong>s cursos aos trabalha<strong>do</strong>res de empresas<br />

peque<strong>na</strong>s e médias, que empregavam a maior parte<br />

<strong>da</strong> força de trabalho. Paralelamente, essa comissão<br />

buscou conhecer a experiência <strong>do</strong>s cursos ferroviários.<br />

Na ocasião, o Instituto de Organização Racio<strong>na</strong>l<br />

<strong>do</strong> Trabalho apresentou o projeto Cursos de Aperfeiçoamento<br />

para as Indústrias, elabora<strong>do</strong> por Roberto<br />

Mange.<br />

Com base <strong>na</strong> conclusão <strong>do</strong>s trabalhos <strong>da</strong>s comissões,<br />

Getulio Vargas promulgou, em 19<strong>40</strong>, o decreto<br />

que regulamentava a instalação e o funcio<strong>na</strong>mento<br />

de cursos profissio<strong>na</strong>is em empresas com mais de<br />

quinhentos trabalha<strong>do</strong>res. 20 Embora mantivesse o<br />

mesmo modelo de cursos proposto pela Comissão<br />

Interministerial de 1939, havia i<strong>no</strong>vações: enquanto<br />

os jovens aprendizes deveriam receber salários, os<br />

emprega<strong>do</strong>res teriam que arcar com o ônus <strong>da</strong> formação<br />

profissio<strong>na</strong>l.<br />

Com o objetivo de promover a infra-estrutura necessária<br />

à ampliação <strong>do</strong> parque industrial brasileiro,<br />

foi cria<strong>do</strong>, em março de 1939, o Conselho Nacio<strong>na</strong>l<br />

de Águas e Energia Elétrica (CNAEE), que tinha a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de<br />

de estu<strong>da</strong>r o problema <strong>da</strong> exploração e utilização<br />

<strong>da</strong> energia elétrica <strong>no</strong> país, em especial a de<br />

origem hidráulica. No mesmo a<strong>no</strong>, como parte <strong>da</strong>s<br />

estratégias políticas de proteção e valorização <strong>do</strong><br />

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