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40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

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91. Matéria <strong>da</strong> revista<br />

Manchete sobre a construção<br />

<strong>da</strong> ro<strong>do</strong>via Transamazônica,<br />

15 de abril de 1972<br />

Dan<strong>do</strong> seqüência ao cumprimento <strong>da</strong> meta de integração<br />

<strong>do</strong> território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s <strong>a<strong>no</strong>s</strong> 1950, crescia<br />

a malha viária brasileira, permitin<strong>do</strong> incluir as populações<br />

de rincões distantes <strong>na</strong> moder<strong>na</strong> eco<strong>no</strong>mia<br />

de merca<strong>do</strong>. Obras de porte, como a Transamazônica,<br />

somavam-se à construção de várias usi<strong>na</strong>s hidrelétricas,<br />

entre as quais as de Boa Esperança (1970),<br />

de Urubupungá e, mais tarde, de Itaipu (1975). Além<br />

disso, houve a modernização <strong>do</strong> sistema de crédito e<br />

grandes investimentos <strong>na</strong> áreas <strong>da</strong> siderurgia, petroquímica<br />

e construção <strong>na</strong>val.<br />

No campo educacio<strong>na</strong>l, o perío<strong>do</strong> assistiu à multiplicação<br />

<strong>do</strong> número de vagas <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior,<br />

distribuí<strong>da</strong>s entre as instituições públicas e as facul<strong>da</strong>des<br />

priva<strong>da</strong>s recém-cria<strong>da</strong>s.<br />

O sucesso <strong>da</strong> política econômica chamava a atenção.<br />

E, impulsio<strong>na</strong><strong>do</strong>s pelas condições favoráveis <strong>da</strong><br />

eco<strong>no</strong>mia, os capitais estrangeiros entravam <strong>no</strong> país,<br />

estenden<strong>do</strong> o processo de modernização a vários setores<br />

<strong>da</strong> produção.<br />

Com o emprego em alta, os operários mais especializa<strong>do</strong>s<br />

conseguiam obter ganhos diferencia<strong>do</strong>s e<br />

se beneficiar com o crescimento econômico, embora<br />

o salário mínimo em baixa caracterizasse um perío<strong>do</strong><br />

de arrocho salarial para muitas categorias de<br />

trabalha<strong>do</strong>res. O aquecimento <strong>da</strong> produção atraía as<br />

populações para as regiões mais industrializa<strong>da</strong>s <strong>do</strong><br />

país, sen<strong>do</strong> que parte desses contingentes migratórios<br />

era absorvi<strong>da</strong> pela construção civil, pela indústria<br />

pesa<strong>da</strong> e pelo comércio, fazen<strong>do</strong> aumentar o número<br />

de trabalha<strong>do</strong>res com carteira assi<strong>na</strong><strong>da</strong>. Eram<br />

os <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> “milagre econômico” brasileiro,<br />

que perduraria até 1973.<br />

A partir de então, o mun<strong>do</strong> viveria uma séria crise<br />

<strong>do</strong> petróleo, que, desencadea<strong>da</strong> num contexto de<br />

déficit de oferta, devia-se a <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lizações e conflitos<br />

envolven<strong>do</strong> os países integrantes <strong>da</strong> Organização<br />

<strong>do</strong>s Países Exporta<strong>do</strong>res de Petróleo (Opep). O embargo<br />

ao fornecimento de petróleo provocou recessão<br />

<strong>no</strong>s EUA e <strong>na</strong> Europa, concorren<strong>do</strong> para desestabilizar<br />

a eco<strong>no</strong>mia mundial.<br />

Enquanto os países desenvolvi<strong>do</strong>s optavam por<br />

uma estratégia de rápi<strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação à crise, com<br />

drásticos cortes de gastos <strong>do</strong> setor público, redução<br />

<strong>do</strong> consumo de petróleo e liberação <strong>da</strong>s taxas de<br />

câmbio, o gover<strong>no</strong> brasileiro promovia uma desaceleração<br />

progressiva. Temen<strong>do</strong> gerar desemprego<br />

em massa e provocar uma desorganização <strong>do</strong> setor<br />

produtivo, o gover<strong>no</strong> manteve eleva<strong>da</strong>s as taxas e as<br />

importações de petróleo.<br />

A manutenção <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de econômica e <strong>do</strong> emprego<br />

em alta, quan<strong>do</strong> os países desenvolvi<strong>do</strong>s se<br />

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