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40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

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<strong>do</strong> país, ela “acudiu a eco<strong>no</strong>mia brasileira, estendeu<br />

seus efeitos a outros setores de ativi<strong>da</strong>des e continuou<br />

a imprimir di<strong>na</strong>mismo até por quatro déca<strong>da</strong>s após seu<br />

início” (LATINI, 2007, p. 107). A deman<strong>da</strong> oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

monta<strong>do</strong>ras estrangeiras provocou o crescimento e a<br />

modernização de peque<strong>na</strong>s e médias empresas, vincula<strong>da</strong>s<br />

ao setor de autopeças: “as medi<strong>da</strong>s há tanto<br />

espera<strong>da</strong>s pelo setor de autopeças causaram fortes impactos,<br />

desencadean<strong>do</strong> uma revolução industrial, com<br />

grandes reflexos <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> econômica, política e social <strong>do</strong><br />

País” (GATTÁS, 1981, p. 180)<br />

Embora as primeiras empresas estrangeiras a se<br />

instalar <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> tenham si<strong>do</strong> a Ford (1919) e a General<br />

Motors (1925), suas uni<strong>da</strong>des de produção restringiam-se<br />

então a monta<strong>do</strong>ras de peças vin<strong>da</strong>s <strong>do</strong><br />

exterior. Com a eclosão <strong>da</strong> II Guerra, e a conseqüente<br />

dificul<strong>da</strong>de de importação, surgiu a necessi<strong>da</strong>de de<br />

improvisar peças de reposição, o que fez surgir peque<strong>na</strong>s<br />

ofici<strong>na</strong>s, cuja incipiente produção contribuía para<br />

manter a frota brasileira em circulação. A despeito desse<br />

esforço, a implantação <strong>da</strong> indústria automobilística<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l somente se deu, em 1956, com a criação <strong>do</strong><br />

Grupo Executivo <strong>da</strong> Indústria Automobilística (Geia).<br />

Primeiramente foram produzi<strong>do</strong>s caminhões, camionetas,<br />

jipes e furgões. Logo depois, carros de passeio<br />

e camionetas começaram a ser fabrica<strong>do</strong>s pela<br />

Volkswagem, Vemag, Willys-Overland, Simca, Ford,<br />

Chevrolet, Chrysler. A princípio, esses veículos eram<br />

projeta<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s matrizes européias e <strong>no</strong>rte-america<strong>na</strong>s,<br />

utilizan<strong>do</strong> a maioria de peças e equipamentos<br />

importa<strong>do</strong>s. 50<br />

Cria<strong>da</strong> em 1945, com capitais brasileiros, a Vemag,<br />

que surgiu para montar e distribuir veículos, lançou,<br />

em 19 de <strong>no</strong>vembro de 1956, o primeiro veículo de<br />

fabricação <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, a perua DKW. O Se<strong>da</strong>n DKW-<br />

Vemag, com 50% <strong>da</strong>s peças de fabricação <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l,<br />

seria apresenta<strong>do</strong>, <strong>no</strong> dia 28 de abril de 1958, durante<br />

o desfile <strong>da</strong> Bandeira Automobilística <strong>Brasil</strong>eira.<br />

Por volta de 1956, esquentava o debate em tor<strong>no</strong><br />

<strong>da</strong> energia nuclear. Em primeiro lugar, devi<strong>do</strong> às re-<br />

38. Linha de montagem<br />

<strong>do</strong> primeiro automóvel<br />

de fabricação <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, o<br />

Romi-Isetta, Santa Bárbara<br />

d’Oeste, SP<br />

Fotografia, 1956<br />

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