12.01.2015 Views

40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

58. Ministro <strong>da</strong> Educação<br />

Pedro Aleixo, <strong>no</strong> Fórum<br />

Extraordinário <strong>do</strong>s Reitores<br />

com a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de de estu<strong>da</strong>r<br />

a regulamentação <strong>do</strong><br />

Estatuto <strong>do</strong> Magistério<br />

Superior<br />

Fotografia, 1966<br />

Uma <strong>da</strong>s primeiras iniciativas oficiais com relação<br />

à qualificação de quadros foi expressa <strong>no</strong> Parecer<br />

977, de 3 de dezembro de 1965, <strong>do</strong> Conselho Federal<br />

de Educação, que implantou formalmente os cursos<br />

de pós-graduação <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Segun<strong>do</strong> o conselheiro<br />

Newton Sucupira, o modelo, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s países mais<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s, era adequa<strong>do</strong> à <strong>no</strong>va concepção de<br />

universi<strong>da</strong>de. A pós-graduação stricto sensu se <strong>da</strong>ria<br />

em <strong>do</strong>is níveis independentes – mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong><br />

–, sem relação de pré-requisitos entre o primeiro<br />

e o segun<strong>do</strong>. Os currículos seriam compostos conforme<br />

o modelo <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong>, que compreendia o<br />

major (área de concentração) e o mi<strong>no</strong>r (matérias conexas).<br />

Infelizmente, tal proposta só viria a ser devi<strong>da</strong>mente<br />

implementa<strong>da</strong> com a Reforma Universitária<br />

de 1968.<br />

A convite <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Educação e Cultura, o<br />

<strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong> Ru<strong>do</strong>lph Atcon realizou, entre junho<br />

e setembro de 1965, estu<strong>do</strong>s sobre a reformulação<br />

estrutural <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong> superior <strong>no</strong> país. Depois de<br />

visitar 12 universi<strong>da</strong>des brasileiras, o consultor considerou<br />

“urgente a tarefa de transformar a universi<strong>da</strong>de<br />

brasileira numa instituição que se sintonize com os propósitos<br />

<strong>da</strong> Nação” (ATCON, 1966, p. 120). Afirmou também<br />

que “o desenvolvimento sócio-econômico de uma<br />

comuni<strong>da</strong>de é função direta de seu desenvolvimento<br />

educativo” e que “para o desenvolvimento <strong>da</strong> América<br />

Lati<strong>na</strong>, a educação superior constitui o ver<strong>da</strong>deiro ponto<br />

de parti<strong>da</strong>” (ATCON apud FÁVERO, 1991, p. 20)<br />

Entre as propostas feitas por Atcon, muitas <strong>da</strong>s<br />

quais foram incorpora<strong>da</strong>s ao Relatório <strong>da</strong> Equipe de<br />

Assessoria ao Planejamento <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong> Superior (Eapes),<br />

estava a criação de um conselho de reitores <strong>da</strong>s<br />

universi<strong>da</strong>des brasileiras, que, constituí<strong>do</strong> em moldes<br />

empresariais, permitiria o planejamento sério e<br />

racio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong> universitário. Com base nessa recomen<strong>da</strong>ção<br />

foi fun<strong>da</strong><strong>do</strong>, em 29 de abril de 1966, o<br />

Conselho <strong>do</strong>s Reitores <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong>des <strong>Brasil</strong>eiras<br />

(Crub), que pouco depois seria reconheci<strong>do</strong> como<br />

enti<strong>da</strong>de de utili<strong>da</strong>de pública. 9<br />

Em 18 de <strong>no</strong>vembro de 1966, foi promulga<strong>do</strong> o<br />

Decreto-lei nº. 53, que dispunha sobre as mu<strong>da</strong>nças<br />

<strong>na</strong> organização <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong>des:<br />

Artigo 1º – As Universi<strong>da</strong>des federais organizar-se-ão<br />

com estruturas e méto<strong>do</strong>s de funcio<strong>na</strong>mento que preservem<br />

a uni<strong>da</strong>de de suas funções de ensi<strong>no</strong> e pesquisa<br />

e assegurem a ple<strong>na</strong> utilização <strong>do</strong>s seus recursos<br />

materiais e hum<strong>a<strong>no</strong>s</strong>, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a duplicação de meios<br />

para fins idênticos ou equivalentes. 10<br />

74

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!