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40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

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5. Banco <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> e Paço<br />

Imperial, de Pedro Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong><br />

Bertichem, 1856; Teatro São<br />

João, de Thomas Ender, 1856<br />

Computação gráfica<br />

ta<strong>do</strong>s, ou em <strong>na</strong>vios estrangeiros <strong>da</strong>s Potências, que se<br />

conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa”<br />

(ARQUIVO NACIONAL).<br />

No mesmo a<strong>no</strong>, o alvará de 1º de abril permitia o<br />

livre estabelecimento de fábricas e manufaturas <strong>no</strong><br />

país:<br />

Eu o Príncipe Regente faço saber aos que o presente<br />

Alvará virem que desejan<strong>do</strong> promover e adiantar a<br />

riqueza <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, e sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s ma<strong>na</strong>nciais dela as<br />

manufaturas e a indústria que multiplicam e melhoram<br />

e dão mais valor aos gêneros e produtos <strong>da</strong> agricultura<br />

e <strong>da</strong>s artes e aumentam a população (...) sou servi<strong>do</strong><br />

abolir e revogar to<strong>da</strong> e qualquer proibição que haja a<br />

este respeito <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> e <strong>no</strong>s meus Domínios<br />

Ultramari<strong>no</strong>s...<br />

Essas medi<strong>da</strong>s, que marcaram uma <strong>no</strong>va fase <strong>da</strong><br />

eco<strong>no</strong>mia colonial, faziam parte de uma política de<br />

cunho liberal defendi<strong>da</strong> por intelectuais como José<br />

<strong>da</strong> Silva Lisboa, o visconde de Cairu. Dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong> depois<br />

<strong>da</strong> abertura comercial, a ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />

contava com mais de cem manufaturas, e recebia um<br />

número cinco vezes maior de <strong>na</strong>vios estrangeiros,<br />

quase to<strong>do</strong>s ingleses.<br />

Entretanto, o Trata<strong>do</strong> de Aliança e Comércio,<br />

firma<strong>do</strong> em 1810, prejudicaria mais uma vez a produção<br />

brasileira, e também a lusita<strong>na</strong>. Enquanto os<br />

demais países estavam submeti<strong>do</strong>s à taxação de<br />

24% em <strong>no</strong>ssas alfândegas, a Inglaterra havia assegura<strong>do</strong><br />

o direito de colocar suas merca<strong>do</strong>rias <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong> mediante a taxa de 15% ad valorem, enquanto<br />

os produtos portugueses pagavam 16%. Os jor<strong>na</strong>is<br />

<strong>da</strong> época <strong>da</strong>vam conta <strong>do</strong>s <strong>no</strong>vos teci<strong>do</strong>s que<br />

passaram a circular <strong>no</strong> Rio de Janeiro, como linhos<br />

de to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong>des, cambraias, tafetás, se<strong>da</strong>s, lã<br />

etc., sen<strong>do</strong> que “eram envia<strong>da</strong>s anualmente ao <strong>Brasil</strong><br />

cerca de ₤ 3.000.00 de produtos <strong>da</strong>s manufaturas inglesas”<br />

(apud SIMONSEN, 1969, p. 397). Para neutralizar<br />

essa invasão de produtos importa<strong>do</strong>s, sobretu<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

Inglaterra, sobrevieram medi<strong>da</strong>s que visavam impulsio<strong>na</strong>r<br />

a produção manufatureira <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e <strong>no</strong>s <strong>do</strong>mínios<br />

ultramari<strong>no</strong>s portugueses. Foram concedi<strong>do</strong>s<br />

privilégios aos inventores de máqui<strong>na</strong>s e prêmios às<br />

manufaturas de lã, algodão, se<strong>da</strong>, ferro e aço.<br />

A transferência <strong>da</strong> Corte para o Rio de Janeiro,<br />

em 1808, levou à constituição de uma série de instituições:<br />

a Imprensa Régia, um passo decisivo para<br />

a difusão de idéias, informação e cultura, o Banco <strong>do</strong><br />

<strong>Brasil</strong>, que i<strong>na</strong>ugurou o sistema fi<strong>na</strong>nceiro, e a Escola<br />

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