12.01.2015 Views

40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Cirúrgica de Salva<strong>do</strong>r (1808). Nos <strong>a<strong>no</strong>s</strong> seguintes seriam<br />

cria<strong>do</strong>s a Academia Militar (1810), a Biblioteca<br />

Nacio<strong>na</strong>l (1810), o Real Teatro de São João 4 (1810), a<br />

Academia Médico-Cirúrgica <strong>do</strong> Rio de Janeiro (1813),<br />

o Jardim Botânico (1818) e o Museu Imperial (1818).<br />

Uma importante iniciativa foi a criação, em 23 de<br />

agosto de 1808, <strong>da</strong> Real Junta <strong>do</strong> Comércio, Agricultura,<br />

Fábricas e Navegação, que deveria funcio<strong>na</strong>r<br />

como órgão regula<strong>do</strong>r <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong>s fábricas<br />

e manufaturas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

E foi nesse contexto que surgiu a Real Fábrica de<br />

Ferro São João <strong>do</strong> Ipanema, numa locali<strong>da</strong>de antigamente<br />

chama<strong>da</strong> Campo Largo, próximo a Sorocaba,<br />

em São Paulo. Mais tarde, a ci<strong>da</strong>de viria a ter o <strong>no</strong>me<br />

de Araçoiaba, em tupi esconderijo <strong>do</strong> sol. A empresa<br />

pioneira foi cria<strong>da</strong> por meio de Carta Régia de 4 de<br />

dezembro de 1810, como uma socie<strong>da</strong>de acionista<br />

de capital misto, com 13 ações pertencentes à Coroa<br />

portuguesa e 47 a acionistas particulares de São Paulo,<br />

<strong>do</strong> Rio de Janeiro e <strong>da</strong> Bahia.<br />

No a<strong>no</strong> seguinte, um edital <strong>da</strong> Real Junta <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong><br />

estimulava a vin<strong>da</strong> de trabalha<strong>do</strong>res estrangeiros,<br />

para suprir a falta de mão-de-obra qualifica<strong>da</strong>.<br />

Enquanto os <strong>no</strong>vos trabalha<strong>do</strong>res não chegavam,<br />

as manufaturas valiam-se <strong>da</strong> força de trabalho livre<br />

existente <strong>no</strong> país, potencialmente mobilizável mas<br />

sem qualquer formação técnica.<br />

Como parte <strong>da</strong> política de valorização <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong><br />

<strong>da</strong>s ciências, <strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia e <strong>da</strong> técnica, enfatiza<strong>da</strong><br />

após a elevação <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> à categoria de Rei<strong>no</strong> Uni<strong>do</strong><br />

de Portugal e Algarves em 1815, foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong>, <strong>no</strong> a<strong>no</strong><br />

seguinte, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.<br />

Desti<strong>na</strong>va-se ao ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong>s belas-artes e <strong>da</strong>s artes<br />

mecânicas, sen<strong>do</strong> que os filhos <strong>do</strong>s pobres deveriam<br />

ser encaminha<strong>do</strong>s para este último a fim de se tor<strong>na</strong>rem<br />

artífices. Embora as aulas tivessem inicia<strong>do</strong><br />

somente em 1820, e com um único foco volta<strong>do</strong> para<br />

as belas-artes, as idéias sobre o papel <strong>da</strong> educação<br />

<strong>na</strong> formação social e <strong>no</strong> trabalho sensibilizaram Ignácio<br />

Álvares Pinto de Almei<strong>da</strong>, que em 1816 começou<br />

a coletar assi<strong>na</strong>turas para a constituição de uma<br />

enti<strong>da</strong>de volta<strong>da</strong> para a produção de “conhecimentos<br />

úteis” ao desenvolvimento <strong>do</strong> país.<br />

No entanto, a Proclamação <strong>da</strong> Independência<br />

em 1822 não produziu alterações significativas <strong>na</strong>s<br />

práticas de aprendizagem <strong>do</strong>s ofícios vigentes <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong>, pois “não era aspiração <strong>da</strong> liderança que fez<br />

a Independência qualquer reforma econômica ou<br />

social” (XAVIER, 1992, p. 82). Somente quan<strong>do</strong> os<br />

investimentos industriais passaram a se sobrepor<br />

àqueles volta<strong>do</strong>s para as ativi<strong>da</strong>des comerciais,<br />

foram lança<strong>da</strong>s as bases para uma lenta transformação<br />

em direção à modernização <strong>da</strong>s estruturas<br />

produtivas brasileiras. A Constituição de 1824 de-<br />

6. Diploma <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de<br />

Auxilia<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Indústria<br />

Nacio<strong>na</strong>l (SAIN)<br />

Jean Baptiste Debret, mea<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> século XIX<br />

Litografia<br />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!