40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI
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Em fins de 1943, participou <strong>do</strong> I Congresso <strong>Brasil</strong>eiro<br />
de Eco<strong>no</strong>mia, realiza<strong>do</strong> <strong>no</strong> Rio de Janeiro, sob o patrocínio<br />
<strong>do</strong> gover<strong>no</strong> federal. No a<strong>no</strong> seguinte, Lodi presidiu<br />
o Congresso <strong>Brasil</strong>eiro <strong>da</strong> Indústria promovi<strong>do</strong> pela <strong>CNI</strong><br />
e organiza<strong>do</strong> pela Federação <strong>da</strong>s Indústrias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
de São Paulo (Fiesp), que, além <strong>da</strong> presença de Vargas<br />
e outras autori<strong>da</strong>des gover<strong>na</strong>mentais, contou com representantes<br />
<strong>do</strong> comércio.<br />
Nesse mesmo a<strong>no</strong>, junto com João Daudt d’Oliveira,<br />
Heitor Grilo e Francisco Clementi<strong>no</strong> de San Tiago Dantas,<br />
Lodi integrou a comissão <strong>do</strong> Conselho Nacio<strong>na</strong>l de<br />
Política Industrial e Comercial (CNPIC), órgão <strong>do</strong> Ministério<br />
<strong>do</strong> Trabalho, que apresentou um projeto de planificação<br />
<strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia brasileira. A proposta foi rejeita<strong>da</strong><br />
pela Comissão de Planejamento Econômico, cujo relator<br />
era o eco<strong>no</strong>mista Eugênio Gudin, partidário <strong>do</strong> liberalismo<br />
econômico.<br />
Euval<strong>do</strong> Lodi e João Daudt d’Oliveira chefiaram, em<br />
<strong>no</strong>vembro de 1944, a delegação brasileira à Conferência<br />
de Bretton Woods, <strong>no</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, que reuniu<br />
representantes de 44 países alia<strong>do</strong>s para tratar <strong>da</strong> reorganização<br />
econômica e fi<strong>na</strong>nceira depois <strong>da</strong> vitória<br />
sobre os países <strong>do</strong> Eixo. A conferência deu os primeiros<br />
passos para a formação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Monetário Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<br />
(FMI) e <strong>do</strong> Banco Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Reconstrução<br />
e Desenvolvimento (Bird).<br />
Em agosto de 1945, Lodi foi um <strong>do</strong>s sig<strong>na</strong>tários de<br />
um memorial dirigi<strong>do</strong> ao chefe <strong>do</strong> gover<strong>no</strong>, que protestava<br />
contra o Decreto-Lei nº. 7.666, conheci<strong>do</strong> como Lei<br />
Malaia, volta<strong>do</strong> para coibir a ação de trustes, e considera<strong>do</strong><br />
antidemocrático pelos empresários. Como representante<br />
<strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res <strong>na</strong> Comissão de Enquadramento<br />
Sindical em 1946, Lodi representou o <strong>Brasil</strong><br />
<strong>na</strong> Conferência de Paz, realiza<strong>da</strong> em Paris, seguin<strong>do</strong><br />
depois para Washington, <strong>na</strong> quali<strong>da</strong>de de delega<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
IV Reunião de Consulta <strong>do</strong>s Chanceleres Americ<strong>a<strong>no</strong>s</strong>.<br />
Deputa<strong>do</strong> federal por Mi<strong>na</strong>s Gerais, pela legen<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />
Parti<strong>do</strong> Social Democrático (PSD), exerceu o man<strong>da</strong>to<br />
de 1947 até 1951. Em 1948 foi presidente <strong>da</strong> Comissão<br />
de Desenvolvimento Industrial <strong>da</strong> Comissão Mista<br />
<strong>Brasil</strong>eiro-America<strong>na</strong> de Estu<strong>do</strong>s Econômicos, chama<strong>da</strong><br />
Missão Abbink. Integrou ain<strong>da</strong> a delegação brasileira à<br />
Conferência Pan-America<strong>na</strong> de Chanceleres, realiza<strong>da</strong><br />
em Washington em 1951, onde combateu a posição<br />
<strong>no</strong>rte-america<strong>na</strong> de conferir priori<strong>da</strong>de à defesa <strong>do</strong> continente<br />
em detrimento <strong>do</strong> desenvolvimento econômico.<br />
Partidário <strong>da</strong> criação de um merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> capaz de<br />
garantir a expansão <strong>da</strong> indústria, Lodi defendia a subordi<strong>na</strong>ção<br />
<strong>do</strong> capital estrangeiro aos interesses <strong>da</strong>s <strong>na</strong>ções<br />
que o recebiam e a apropriação estatal <strong>da</strong>s riquezas <strong>do</strong><br />
subsolo. Cumpriu um <strong>no</strong>vo man<strong>da</strong>to legislativo entre<br />
1951 e 1955, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> membro, em 1953, <strong>da</strong> Comissão<br />
de Bem-Estar Social, presidi<strong>da</strong> por Josué de Castro.<br />
Na iniciativa priva<strong>da</strong>, foi fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r e proprietário<br />
<strong>da</strong> usi<strong>na</strong> siderúrgica Gorceix, em Caeté, Mi<strong>na</strong>s Gerais.<br />
E presidente <strong>da</strong>s seguintes empresas: Companhia Ferro<br />
<strong>Brasil</strong>eiro; Companhia Industrial de Ferro S.A., Companhia<br />
Carbonífera Metropolita<strong>na</strong>, Eletrometal S.A., Fábrica<br />
de Teci<strong>do</strong>s de Se<strong>da</strong> Santa Hele<strong>na</strong> e Fábrica Rehem<br />
Metalúrgica S.A. Foi ain<strong>da</strong> vice-presidente <strong>da</strong> Eleva<strong>do</strong>res<br />
Swiss <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> S.A. e diretor <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Siderúrgica<br />
Limita<strong>da</strong>, <strong>no</strong> Rio de Janeiro.<br />
Publicou A Indústria e a Eco<strong>no</strong>mia Nacio<strong>na</strong>l, em<br />
1949, e Discursos e Conferências, em 1954.<br />
Reeleito deputa<strong>do</strong> federal por Mi<strong>na</strong>s Gerais em 1954,<br />
Euval<strong>do</strong> Lodi faleceu em acidente automobilístico entre<br />
Jundiaí e São Paulo, <strong>no</strong> dia 19 de janeiro de 1956, em<br />
ple<strong>no</strong> exercício <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to.