40 anos do IEL na trajetória da indústria no Brasil - CNI
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76. Jovem alu<strong>no</strong> de ciência<br />
vence<strong>do</strong>r <strong>do</strong> concurso<br />
Cientistas <strong>do</strong> Amanhã,<br />
promovi<strong>do</strong> pelo Instituto<br />
<strong>Brasil</strong>eiro de Educação,<br />
Ciência e Cultura, São Paulo<br />
Fotografia, 1969<br />
Reivindicavam-se tanto estímulos a essa participação<br />
como também programas volta<strong>do</strong>s para a<br />
geração de tec<strong>no</strong>logia, a serem desenvolvi<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s<br />
próprias empresas. Embora tivesse si<strong>do</strong> descarta<strong>da</strong><br />
a possibili<strong>da</strong>de de contribuição fi<strong>na</strong>nceira direta <strong>da</strong>s<br />
empresas para as universi<strong>da</strong>des, sem uma contraparti<strong>da</strong><br />
de prestação de serviços, ficava a ressalva: “As<br />
universi<strong>da</strong>des que tiverem um programa de objetivos<br />
em mão encontrarão empresas dispostas a fi<strong>na</strong>nciá-lo”<br />
(IPÊS, 1968, p. 129).<br />
Quanto à “Vinculação universi<strong>da</strong>de e empresa”,<br />
acreditava-se que esta<br />
traria para dentro <strong>da</strong> empresa pessoas que poderiam<br />
corresponder ao movimento de idéias em favor <strong>da</strong> livre<br />
empresa, <strong>da</strong> empresa legítima, aquela que abre<br />
<strong>no</strong>vas fontes de riqueza, que alarga o merca<strong>do</strong> de trabalho,<br />
que dá ao Esta<strong>do</strong> a capaci<strong>da</strong>de de realizar obras<br />
públicas (SANTOS apud IPÊS, 1968, p. 154).<br />
Apesar de admitir que os industriais, às voltas com<br />
uma carga tributária excessiva e dificul<strong>da</strong>des de acesso<br />
ao crédito para manutenção de suas ativi<strong>da</strong>des, tinham<br />
dificul<strong>da</strong>des para estabelecer um vínculo mais<br />
estreito com a universi<strong>da</strong>de, concluía-se que, com a<br />
colaboração <strong>do</strong> gover<strong>no</strong> e <strong>da</strong>s próprias instituições<br />
de ensi<strong>no</strong>, essa parceria tendia a ser promissora e a<br />
contribuir para o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema produtivo<br />
brasileiro.<br />
Depois de proceder à elaboração de um diagnóstico<br />
<strong>da</strong> situação brasileira, o grupo encarrega<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> tema “Fun<strong>da</strong>mentos para uma política educacio<strong>na</strong>l<br />
brasileira” fez diversas recomen<strong>da</strong>ções para a<br />
reforma <strong>do</strong> ensi<strong>no</strong> superior. Entre essas proposições,<br />
constavam: o planejamento <strong>da</strong> educação de forma<br />
a entrosá-la <strong>no</strong> quadro de necessi<strong>da</strong>de de recursos<br />
hum<strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>do</strong> país; a alocação <strong>do</strong>s recursos possíveis,<br />
de origem estatal ou priva<strong>da</strong>, para o campo educacio<strong>na</strong>l;<br />
a a<strong>do</strong>ção de auxílios e bolsas, inclusive reembolsáveis,<br />
para os que não dispusessem de recursos<br />
fi<strong>na</strong>nceiros; a revisão <strong>do</strong>s currículos para ajustá-los às<br />
necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> país; a transformação <strong>do</strong> nível médio,<br />
de mera preparação para o curso superior, em<br />
uma escola de formação profissio<strong>na</strong>l qualifica<strong>da</strong>; a<br />
realização de um ensi<strong>no</strong> de me<strong>no</strong>r duração e o maior<br />
aproveitamento <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente.<br />
Segun<strong>do</strong> o pensamento <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte <strong>no</strong> encontro,<br />
à medi<strong>da</strong> que a socie<strong>da</strong>de brasileira se industrializava,<br />
não era mais possível manter a socie<strong>da</strong>de e a<br />
educação em campos distintos quanto aos objetivos<br />
fi<strong>na</strong>is: a educação devia servir às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de,<br />
sobretu<strong>do</strong> as <strong>da</strong> indústria, a esta cabia absorver<br />
os homens prepara<strong>do</strong>s por aquela. A reestru-<br />
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