CLIPPING DO IBRAC N.º <strong>36</strong>/<strong>2011</strong> 12 a 30 de setembro de <strong>2011</strong>A saída de Nippon e Sumitomo levou a uma reorganização societária da Namisa, criada em 2007 pela CSNcom a unificação de outros ativos de minério de ferro, fora Casa de Pedra. Suas participações foramabsorvidas pelas japonesas Itochu (trading) e JFE (siderúrgica), integrantes <strong>do</strong> consórcio de empresasasiáticas, o Big Jump, que comprou 40% da Namisa no fim de 2008 por US$ 3,1 bilhões. As demais sóciassão a Posco, da Coreia <strong>do</strong> Sul, e Kobe Steel e Nisshin Steel, <strong>do</strong> Japão.Dentro <strong>do</strong> consórcio, a Itochu detinha a liderança, com 40% de participação. Nippon, Posco e JFE tinhamcada uma 16,2% cada uma. A Sumitomo Metal detinha 6,6%.A Namisa, no ato dessa operação, teve um plano de negócio defini<strong>do</strong> para vender 39 milhões de toneladas porano - 33 milhões de produção própria e 6 milhões de toneladas de aquisição de terceiros. Esse plano, atémea<strong>do</strong>s desse ano, não tinha si<strong>do</strong> cumpri<strong>do</strong> por divergências da CSN com seus sócios, principalmente com aNippon Steel. (JB com colaboração de Ivo Ribeiro, de São Paulo)CADE APROVA COMODATO DA CUTRALE EM TAQUARITINGAPor Juliano Basile | De BrasíliaO Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) <strong>do</strong> Ministério da Justiça aprovou ontem o contratode comodato pelo qual a Cutrale passou a operar a fábrica de sucos da Branco Peres em Taquaritinga, nointerior de São Paulo.Segun<strong>do</strong> o relator <strong>do</strong> caso, conselheiro Ricar<strong>do</strong> Ruiz, a unidade da Branco Peres estava inativa há quase umadécada. "Essa operação não traz prejuízos à concorrência".Durante o julgamento, o procura<strong>do</strong>r Luiz Augusto Santos Lima, representante <strong>do</strong> Ministério Público no Cade,lembrou que há uma investigação de cartel no setor de suco de laranja. Segun<strong>do</strong> ele, o caso, que está sobinvestigação há mais de cinco anos, causa desconforto no MP, que tem recebi<strong>do</strong> diversas denúncias. "Estamossen<strong>do</strong> demanda<strong>do</strong>s semanalmente sobre isso. Recebemos pedi<strong>do</strong>s, pareceres, nos pedem diligências", disse."Há uma angústia e temos de ser diligentes", completou.O presidente <strong>do</strong> Cade, Fernan<strong>do</strong> Furlan, informou que o caso está sob investigação na Secretaria de DireitoEconômico (SDE) <strong>do</strong> Ministério da Justiça. "Considero relevantes os argumentos <strong>do</strong> MP que deverão orientara análise <strong>do</strong>s investiga<strong>do</strong>res".A SDE investiga, há mais de cinco anos, a denúncia de que as indústrias de suco atuam em conjunto paraprejudicar produtores de laranja, reduzin<strong>do</strong> os preços pagos pela fruta. O processo teve início após ações debusca e apreensões feitas pela Polícia Federal na sede das indústrias, em 2006, na "Operação Fanta". Desdeentão, as investigações foram atrasadas por sucessivas liminares obtidas pelas indústrias que impediam a SDEde analisar os <strong>do</strong>cumentos apreendi<strong>do</strong>s. Não há prazo para a conclusão das investigações.O ESTADO DE SÃO PAULO DE 16 DE SETEMBRO DE <strong>2011</strong>FAZENDA RECOMENDA AO CADE INVESTIMENTO DO SANTANDER NA SANTOS ENERGIAObjetivo da operação é o de o banco deter a totalidade de ações ou quotas <strong>do</strong> capital social de trêsSociedades de Propósito Específico localizadas no CearáCélia Froufe, da Agência Esta<strong>do</strong>BRASÍLIA -A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) <strong>do</strong> Ministério da Fazenda recomen<strong>do</strong>u nesta sexta-feira,16, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aprovação, sem restrições, <strong>do</strong> investimentofeito pelo Banco Santander na Santos Energia Participações. O objetivo da operação é o de o banco deter atotalidade de ações ou quotas <strong>do</strong> capital social de três Sociedades de Propósito Específico (SPE) localizadasno Ceará: as centrais eólicas São Jorge, São Cristóvão e Santo Antônio de Pádua.O parecer da Seae salienta que o principal foco de atividade <strong>do</strong> Santander é o de operações <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>financeiro, mas que o conglomera<strong>do</strong> também inclui empresas que prestam serviço público de transmissão deenergia elétrica e que constroem infraestrutura para garantir a viabilidade <strong>do</strong>s projetos de transmissão noBrasil. As empresas ligadas ao conglomera<strong>do</strong> no País também prestam serviço de operação e manutenção daslinhas de transmissão."Verifica-se sobreposição horizontal entre as atividades <strong>do</strong> Grupo Santander e aquelas a serem desenvolvidaspelas SPEs <strong>do</strong>s projetos que se referem à geração de energia elétrica por matriz eólica", consideraram ostécnicos da Seae no <strong>do</strong>cumento. A secretaria destacou, porém, que os parques eólicos cita<strong>do</strong>s não sãoempreendimentos em operação, pois ainda estão em fase de projeto. "Trata-se, portanto, de investimento nacriação de uma nova capacidade nesse segmento, iniciativa esta incapaz, em princípio, de gerar efeitosanticompetitivos", declararam os técnicos.Rua Card oso d e Alm eida 7 8 8 cj 1 2 1 Cep 0 50 1 3 -00 1 São P aulo -SP Tel Fax 0 1 1 3 8 7 2 -2 60 9 / 3 67 3 -6 74 8www.ib rac.org.br email: i b r ac@ibrac.org.b r54
CLIPPING DO IBRAC N.º <strong>36</strong>/<strong>2011</strong> 12 a 30 de setembro de <strong>2011</strong>O parecer será encaminha<strong>do</strong> à Secretaria de Direito Econômico (SDE) <strong>do</strong> Ministério da Justiça, que tende aacompanhar a avaliação da Seae. Apenas depois é envia<strong>do</strong> ao Cade.VALOR ECONÔMICO DE 16 DE SETEMBRO DE <strong>2011</strong>MERCADOS CHINÊS E JAPONÊS NO FOCO DA BRFPor Júlia Pitthan | De Campos Novos (SC)Com a nova unidade de processamento de suínos de Campos Novos, inaugurada ontem, a BRF Brasil Foodsquer atender prioritariamente os merca<strong>do</strong>s chinês e japonês, informou o vice-presidente de AssuntosCorporativos da companhia, Wilson Mello Neto. Segun<strong>do</strong> o executivo, a nova planta, construída em parceriacom a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos), vai incrementar em 10% acapacidade total de abates de suínos da empresa e em 20% a produção total, hoje de 40 mil suínos por dia.Segun<strong>do</strong> Mello Neto, o merca<strong>do</strong> chinês, que teve sinal verde para a compra da carne brasileira com a visita dapresidente Dilma no começo <strong>do</strong> ano, é uma das apostas da BRF para exportação de suínos. E, depois de enviaruma missão a Santa Catarina no começo <strong>do</strong> mês, o Japão responderá em até 90 dias se tem interesse emimportar. Para ele, a abertura de merca<strong>do</strong>s é a saída para recuperar os preços da carne suína no Brasil. "Ospreços vão continuar deprimi<strong>do</strong>s enquanto permanecer a restrição de venda à Rússia", disse o executivo.A unidade de Campos Novos, que começou a produzir em agosto, tem capacidade instalada para abater até 7mil suínos por dia. Nesta primeira fase, serão mil suínos por dia e 400 empregos diretos. A unidade deveatingir sua capacidade total no fim de 2012, geran<strong>do</strong> 1,8 empregos diretos. A unidade, construída em parceriacom a Copercampos, recebeu aporte de R$ 145 milhões e foi adquirida totalmente pela BRF ontem.Segun<strong>do</strong> o vice-presidente da BRF, a unidade não entra no acor<strong>do</strong> feito com o Conselho Administrativo deDefesa Econômica (Cade) porque não envolve o uso das marcas Sadia ou Perdigão. Parte da produção decarne suína será levada para transformação em outras unidades.A Copercampos vai manter o fornecimento de suínos para abate e grãos para a BRF. Segun<strong>do</strong> Clebi RenatoDias, diretor-executivo da cooperativa, o projeto inicial <strong>do</strong> frigorífico, quan<strong>do</strong> foi concebi<strong>do</strong> em 2010, eraencontrar merca<strong>do</strong> para a produção de milho e suínos. Com a parceria com a BRF, que aportou R$ 63milhões, a capacidade foi ampliada de 2 mil suínos por dia para 7 mil.Segun<strong>do</strong> o presidente, Luiz Carlos Chiocca, a cooperativa mantém 72 produtores de suínos integra<strong>do</strong>s com 13mil matrizes e capacidade de produção de 350 mil suínos termina<strong>do</strong>s. O contrato com a BRF prevê a entregade 100 mil suínos por ano. Ele disse que há projeto para ampliar o número de matrizes para 20 mil, uminvestimento avalia<strong>do</strong> em R$ 30 milhões.O ESTADO DE SÃO PAULO DE 18 DE SETEMBRO DE <strong>2011</strong>ROBERTO SAMORA - REUTERSMARFRIG VENDE ATIVOS DE LOGÍSTICA POR US$400 MILHÕESRua Card oso d e Alm eida 7 8 8 cj 1 2 1 Cep 0 50 1 3 -00 1 São P aulo -SP Tel Fax 0 1 1 3 8 7 2 -2 60 9 / 3 67 3 -6 74 8www.ib rac.org.br email: i b r ac@ibrac.org.b r55