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1993 - Sociedade Brasileira de Psicologia

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28 .a A TRANSFERZHCIA SA CLISICA PSICANALITICA: A ABORDAGEM FREUDIA -:A. (MANOEL ANIOSIO DOS SANTOS,FFCLRP-USP)Tendo como referFncia centralo percursoadotado pelos yextos freudiaposypreten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>marcar os pontos cruciais da formulagâo da nogao <strong>de</strong>'transferen -ciay enquanto conceito fundamental que baliza o cophecimento psicaîalltico. Pâra que possamos circunscrever yi&orosNmente a funçaoque a transferencia assumeno <strong>de</strong>coçrer do tratamento analitico,e necessârio precisar os movimentos<strong>de</strong>suaconcepçao, que coinci<strong>de</strong>m com momentos privilegiados na tralet3ria :volutiva dopenjamento freudiano. sesse sentido preten<strong>de</strong>mos enfrentar : questao da transferenci:a partir doconceito <strong>de</strong> inconsciente,ey sua relagaocom a noç3o jerepetigao, orientando nosso percurso <strong>de</strong> . modo a qu! possamos <strong>de</strong>sembocar na analisedo lugar do analijta e <strong>de</strong> seu papel na diregao do procejso analltico. A -companharemos a trajetoria evolutiva do conceito <strong>de</strong> transferencia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua g;nesey a partir dos Estudos sobre a histeria (Breuer e Freud 1985),at3osseus<strong>de</strong>jdobrameptosmais recentes, operados pelo conhecimento pstcanalltico e pelapratica clinica atual.Preliminarmepte,focalizaremos dofs momentos cruciajs<strong>de</strong>ste percurso que marca a construçao da nogao <strong>de</strong> transfer@ncia: a formulaçaooriginal engendrada por Freud, tomando-se por base seus estudoj clâssicos espâcialmente consagyados ao temaya saber:A dinîmica da transferencia (Frevd,1912)e a Conferencia XX7II:A yransferincia,parteconstituinte das Conferen-'cias introdut3rias sobre psicanalise (Freudy 1916-17). Em segviday procurare -mos reconstitulrum momento especialdaelaborag3oda concepgao freudiana ace:ca da transferenciay colocando em discussao a anâlise que Freud (1907I19061)eEpreen<strong>de</strong>u acerca da novela <strong>de</strong> Jensen: Gradiva, uma fantasfa pompeianay em seu a:tigo Dellrios e sonhos na Gradiva <strong>de</strong> Jensen,mostrando como este texto precursorJa oferecia uma abordagem.teorica extremamente argyta ao problemay ao mesmotempo em que apontava, para o analisando uma direçao precisa para o tratamento.Freud sncontrou na narrativa <strong>de</strong> Jensen um recurso privilegiado para i -lustrar a nogao <strong>de</strong> amor transferencialy a que <strong>de</strong>dicaria anos <strong>de</strong>pois um artigo(Freudx 1915), recortando os diferentejmomentos e registros Pelos qu:is ess:experiencia inci<strong>de</strong> no tratamento.Iaybem o manelo da transfer:ncia erotica Jaaparece al antecipado, bem com: a i<strong>de</strong>ia d: gue a tarefa tsrapeuticaconsistenodomlnio da neurose <strong>de</strong> transferencia. A analise freudf:na e ainda paradigmâticadopopto <strong>de</strong> vist: da construçao doohletona transferencia eymediante a explicitagao da questao d:contratransferenciayoferece pistasparaçue se <strong>de</strong>lfmitemo lugar e a fungao do analista na condugao do process: analitico. Se tranâpormos os elementos nodais da trama novellstica - a relaçao que se estabeleceentre Hanold e Zoe Bertgang - para o plano da relag3o que s: estabelece entreanalisando e analistaypo<strong>de</strong>mossituar arelag3o que o arqueologo Hanol<strong>de</strong>stabâlece com Zoe Bertgang no plano da transferencia, e a relaçao <strong>de</strong> Zoe para comHanold no nlvel da contratransferincia.Acompanhando o <strong>de</strong>senrolar do fio da na

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